domingo, 15 de janeiro de 2012

DESAFIO LITERÁRIO 2012

O TEXTO ABAIXO É DE UMA ESCRITORA MUITO CONHECIDA.
SE VOCE SABE QUEM É, POST UM COMENTÁRIO COM O NOME DELA.
NÃO VALE COLAR!

Temperamento impulsivo
       “Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
       Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Último recurso - Clarice Lispector

A maior decepção é aquela que vem de quem menos esperamos.

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

E ter entendido isso foi uma libertação feliz.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

PRECISA-SE - Clarice Lispector

Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar.
P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilarecerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar.

Mario Quintana - O TEMPO

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
 
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Que em 2012, Deus esteja dentro de NÓS!

Vocês sabem qual a origem da palavra ENTUSIASMO? Esta palavra nasceu na Grécia antiga. TUS (Thous) é a sílaba principal, porque significa Deus. A primeira sílaba, EN, significa “dentro de” , no sentido de transportar para dentro.  ENTHOUS significa que Deus entrou em alguém e que esta pessoa está inspirada por Deus. Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano, criar uma realidade ou modifica-la.O entusiasmo é componente fundamental para o sucesso de qualquer coisa que façamos em nossa vida, em qualquer campo, seja pessoal ou profissional. O entusiasmo nos leva a buscar a perfeição no que fazemos.  Estimula o nosso comprometimento, ou seja, a nossa entrega completa ao nosso objetivo, à nossa missão.  É a gente colocar o coração naquilo que está fazendo e assim, caprichar mais.Por isso, as pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza. E acreditam igualmente nos outros entusiasmados. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. O entusiasmo é bem diferente do otimismo. Otimismo significa esperar que uma coisa dê certo. Entusiasmo é acreditar que é possível fazer dar certo!

sábado, 7 de janeiro de 2012

CORDEL ROMEU E JULIETA

Este Cordel é uma versão poética de uma das obras mais conhecidas da literatura universal, o drama teatral Romeu e Julieta, de William Shakespeare.

Escrito por Sebastião Marinho, grande nome do repente nordestino, e ilustrada por Murilo Silva, a adaptação poética da famosa peça é voltada, principalmente, para o público infantojuvenil. Sebastião Marinho soube extrair da peça shakespeariana toda a grandeza trágica.

Ao mesmo tempo, sua recriação traz elementos novos que mostram que o poeta não quis simplesmente apresentar uma cópia, em versos rimados, da obra explorada pelo cinema e pela própria literatura.

O autor do cordel, ao descrever a jovem Julieta, produziu estrofes primorosas, como esta:

A personificação De Vênus, Ísis, Latona.
Se Leonardo da Vinci Exagerou na Madona,
Deus acertou na beleza
Da jovem flor de Verona!
Sebastião Marinho da Silva nasceu em 10 de março de 1948, no Sítio Bonsucesso, Solânea, Paraíba. Ainda criança costumava assistir às apresentações dos mestres do repente no pé de serra em que nasceu. Desde a adolescência fez do repente profissão e, hoje, vivendo em São Paulo, dirige a União dos Cordelistas, Repentistas e apologistas do Nordeste – UCRAN.