segunda-feira, 30 de abril de 2012

FUNK - Afinal, qual é o papel desse estilo musical na sociedade?


Esta postagem não tem o objetivo de questionar o funk, se esse estilo é ou não maléfico, se acelera o desejo sexual dos jovens, se deve ser marginalizado ou glamurizado. Esta postagem quer apenas questionar até que ponto somos influenciados pela música, seja ela boa ou ruim . O interesse aqui é refletir sobre o que faz com que gostemos de determinada música, sua batida, sua letra ou seu simples marketing?
Sabemos que toda essa explosão relacionada ao funk  tem seus lados positivos, mesmo porque, nunca houve antes, no Brasil, uma associação tão grande de classes sociais em um único movimento. Essa proximidade, mesmo que para “se ligar na moda da vez”, pode ao menos encurtar as diferenças sociais em termos culturais.

O QUE É FUNK

Hoje, a música mais tocada nas emissoras e ouvida pelo grande público é a que tem algum tipo de apelo sensual, feito através da letra e de coreografias. O Funk  é um tipo de música de produção fácil, já que os funkeiros cantam em uma base rítmica, basicamente em cima do techno, e este detalhe fez com que fosse muito difundido, principalmente nas camadas mais pobres.

A ORIGEM DO FUNK


Segundo estudiosos, o funk originou-se do soul. Música produzida nos Estados Unidos, na década de 60, o soul é a união do rhythm and blues e do gospel, música protestante negra, que teve à frente músicos como James Brown e Ray Charles.

De acordo com o sociólogo Hermano Vianna, na sua dissertação de mestrado “O Baile Funk Carioca: Festas e Estilos de Vida Metropolitanos”, em 68, o soul já tinha se transformado em um termo vago e perdia a pureza revolucionária dos primeiros anos, passando a ser encarado por alguns músicos negros como mais um rótulo comercial. Ainda segundo Vianna, foi nessa época que a gíria funky, considerada uma espécie de palavrão, que significava mal-cheiroso e estranho, começou a ser motivo de orgulho para o negro. “Tudo podia ser funk: uma roupa, um bairro da cidade, o jeito de andar e a maneira de tocar musica, que ficou conhecida como funk”, segundo texto de Hermano Vianna. O soul, que agradava a maioria branca, acabou sendo radicalizado, com ritmos mais pesados e arranjos mais agressivos, levando o nome de funk.
O funk virou sinônimo de vulgaridade, pornografia e violência.Muitas são as matérias publicadas na mídia recente que mostram o lado negro dos bailes funk. Aquela imagem de uma quadra repleta de gente dançando, e geralmente meninas rebolando, quando observada mais de perto, pode assustar.
AFINAL, qual é o papel desse estilo musical na sociedade?

sábado, 21 de abril de 2012

TEATRO LEITOR???? FLUÊNCIA LEITORA

Com a prática, a leitura vai ficando mais fácil e, no fim, uma história que parecia chata pode se revelar muito interessante.
Para você entender o que está escrito é preciso ler com alguma fluência. Se perdemos tempo decifrando cada palavra, quando chegamos no final de uma frase, já esquecemos o começo. É preciso ler a frase novamente para entender seu significado. Com a prática, as pessoas passam a reconhecer as palavras cada vez mais rapidamente e vamos ganhando mais fluência na leitura. Assim, podemos compreender várias frases lendo apenas uma vez. Mesmo quando você já tem alguma prática e consegue ler com fluência, a velocidade da leitura vai depender do seu objetivo ao ler e das características do texto
Compreender não é a mesma coisa que memorizar. Você percebe que compreendeu um texto quando consegue lê-lo com mais facilidade numa segunda vez, ou quando lê com mais facilidade outros textos sobre o mesmo assunto. Isso mostra que você reteve a nova organização de idéias que a leitura proporcionou.
VEJA NO VIDEO ABAIXO, UM "TRECHINHO" DA LEITURA DE ALGUNS ALUNOS DAS 7ªS E 8ªs  EFII : Alex Douglas - 7A e Matheus Augusto - 7B, Laiane e Anelize - 7E, Jéssica e Juliane - 8A
Textos lidos: Cordel - A peleja de Zé pretinho do Tucum e Cego Aderaldo
                                      Via Crucis - Conto de Clarice Lispector
                                       Natal na Barca - conto de Lygia Fagundes Telles



domingo, 15 de abril de 2012

TERROR E FANTÁSTICO

Porque os adolescentes gostam tanto de terror e se deixam seduzir tanto pelo fantástico nas leituras?  O fascínio que têm por aquilo que muitas vezes deveria incomodá-los é ímpar. É um medo que os incita a devorar cada vez mais páginas...

A literatura fantástica proporciona ao leitor uma possibilidade de que existem outros mundos e outras formas alternativas de conhecer o universo fictício e a realidade alternativa. O termo Fantástico é recente. Faz pouco tempo que chamamos a literatura de ficção como tema fantástico. Pegou em sua essência o público interessado em fantasias como Senhor dos Anéis, Harry Potter e todas as categorias em que os jovens heróis lutam para salvar o seu mundo. No cinema existe uma grande variedade de filmes deste tipo. Histórias, que antigamente, se incluía nas produções da Disney como O Buraco Negro (que aqui também se chamou de Abismo Negro)  e A montanha encantada. Havia também outras produtoras que trouxeram muita fantasia para o cinema: História sem fim, Labirinto, Viagem Insólita, Stardust, War Games, Willow, O cristal encantado, A fantástica Fábrica de Chocolate e As Aventuras do Barão de Munchausen, entre outros. Claro que na literatura o leitor vai ter uma possibilidade maior do que no cinema onde os filmes sempre cortam algumas partes.
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Em Algum Lugar do Paraíso, de Luis Fernando Verissimo

LI, GOSTEI, INDICO....
Trecho de Em Algum Lugar do Paraíso, de Luis Fernando Verissimo O tempo não tem pontos fixos, o tempo é uma sombra que dá a volta na Terra. Ou a Terra é que dá voltas na sombra. Nossa única certeza é que será sempre a mesma sombra — o que não é uma certeza, é um terror. Na nossa fome de coordenadas no tempo nos convencemos até que dias da semana têm características. Que uma terça-feira, por exemplo, não serve para nada. Que terça é o dia mais sem graça que existe, sem a gravidade de uma segunda — dia de remorso e decisões — e o peso da quarta, que centraliza a semana (pelo menos em Brasília), ou a concentração da quinta, ou a frivolidade da sexta. Gostaríamos que passar pelos dias fosse como passar por meridianos e paralelos, a evidência de estarmos indo numa direção, não entrando e saindo da mesma sombra. Não passando por cada domingo com a nítida impressão de que já estivemos aqui antes. Já que não há coordenadas e pontos fixos no tempo, contentemo-nos com metáforas fáceis. O novo milênio se estende como um imenso pergaminho à nossa frente, esperando para ser preenchido. Podemos escolher nosso destino, desenhar nossos próprios meridianos e paralelos e prováveis novos mundos. É verdade que a passagem do tempo não se mede apenas pelo retorno dos domingos, também se mede pela degradação orgânica, e que a cada domingo estaremos mais perto daquela outra sombra, a que nunca acaba, suspiro e reticências. Nenhum de nós chegará muito longe no novo milênio. (Minha meta é chegar à Copa do Mundo de 2014, o que vier depois é gratificação.) Mas é bom saber que o novo milênio está aí, quase inteiro, à nossa espera. Nada a ver — ou tudo a ver, sei lá — mas feliz era Adão, o primeiro homem. Não porque estava no jardim do Paraíso, com tudo em volta para saciar sua fome e sua sede, mas porque não sabia do tempo e da morte. Vivia num eterno presente, num eterno domingo. O que vinha depois da passagem da sombra da noite não era o dia seguinte, era o mesmo dia, ou até o dia anterior, quem se importava? Adão, sozinho no Paraíso, era um homem feliz porque era um homem sem datas. Mas quando Deus colocou Eva ao lado de Adão, a primeira coisa que ela perguntou, ainda úmida da criação, só para puxar assunto, foi: “Que dia é hoje?”, e ele sentiu que sua paz terminara. Ele era um homem no tempo. Um homem com um ontem e um amanhã, e um futuro estendido à sua frente como um imenso pergaminho, esperando para ser preenchido. O tempo não foi a única novidade trazida por Eva ao jardim do Paraíso. Foi ela que, dias depois, colheu o fruto proibido, que os tornou, de uma só mordida, sexuais e mortais. E foi depois de comer o fruto proibido, quando a Terra entrou na sombra da noite e os dois se deitaram lado a lado, que Adão sentiu seu membro, que ele pensara que fosse só para fazer xixi, se mexer. E avisou a Eva: — É melhor chegar para trás porque eu não sei até onde este negócio cresce. Depois de ganhar uma mulher e descobrir o tempo e sua mortalidade, Adão descobriu seu próprio corpo. Que semana!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Planeta sustentável - Literatura, arte e meio-ambiente

 
A  idéia surgiu  no ano passado: realizar um projeto que reunisse literatura, arte e meio-ambiente e gerasse conseqüências positivas  na conscientização dos alunos quanto a preservação do meio ambiente.  Para abraçar a causa, foi preciso mais do que atividades de artesanato com materiais recicláveis, foi feito leitura sobre coleta seletiva e pesquisas sobre o tempo de degradação dos diversos materiais na natureza.
O concurso promovido no Parque da Água Branca foi também um fator bastante decisivo para despertar o interesse da garotada. No ano passado participamos com esculturas africanas, uma releitura do Livro Contos africanos e ficamos em 4º lugar. Neste ano participamos com 2 projetos : Tabuleiro de xadrez e Baú de histórias recicladas com fantoches feitos de tecido e garrafa pet e um livrinho para estimular as crianças na hora da apresentação do Teatro de fantoche na sala de leitura. O Tabuleiro de Xadrez foi inspirado no projeto do professor de matemática, que estimulou a leitura de textos sobre a Origem deste jogo.
Todo o esforço da garotada, resultou num belo prêmio de 1º lugar no Concurso da 4ª Feira do Verde & Meio Ambiente , com direito a troféu, medalhas e uma poupança de trezentos reais para cada participante.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Leitura de gênero jornalístico nas aulas de Geografia

A professora Maria Ivone está realizando projeto de leitura de textos jornalísticos, como :crônicas, acontecimentos do cotidiano, gráficos e tabelas com dados econômicos e qualidade de vida, charrge,meio ambeinte e ecologia, dados que interferem na transfomação do espaço geográfico e organização social deste espaço;nas aulas de Geografia nas 6ªs e 8ªs séries do EFII. A professora também utiliza textos como crônicas e parábolas, estimulando o pensamento crítico e filosófico a respeito da realidade.


 

Segundo a professora , o objetivo é que o estudante possa a partir desta leitura perceber a realidade em que vive e as necessidades de mudança de postura para garantir uma sociedade mais justa e igualitária.
As aulas têm apresentado resultados positivos e produções de textos com reflexões dos alunos que mostram grande interesse na medida em que percebem-se neste contexto.




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Abaixo , Parábola Indiana, intitulada" O Cegos e o Elefante" e texto da aluna Jaqueceli Rocha Brito da 8ª D, produzido a partir desta parábola




REALIDADE  BRASILEIRA

por Jaqueceli Rocha Brito da 8ª D

O texto conta a história de seis amigos cegos que querem saber como é um elefante, ao sentirem o elefante, cada um tem uma versão diferente. Eles no entanto não sabiam que cada  um com a sua opinião formavam o elefante, então, começaram a discutir para ver quem estava certo. O dono do elefante ao ver que eles estavam brigando, explicou que cada um estava certo e ao mesmo tempo errados, pois cada um precisava um do outro para entender  como era de fato um elefante.Fazendo um analogia com a realidade brasileira, penso que é mais ou menos igual, pois para alguém conseguir fazer alguma coisa precisa da colaboração e ajuda de outros. Por exemplo: No campo da medicina é necessário que se faça novas pesquisas constantemente e para isso é necessário ajuda mútua. Às vezes o sistema é cego e não enxerga as oportunidades que as pessoas oferecem e algumas pessoas que não querem nem tentar para ajudar o país. Outras vezes, algumas pessoas não acreditam que podem conseguir mudar ou melhorar alguma coisa, sem bater de frente com o sistema e outros não acreditam em si mesmos para ao menos começar um projeto. Tem gente que sequer acredita que os estudos podem ajudar em alguma coisa para sua ascensão social, mas, temos que acreditar, tentar lutar e sonhar, temos que ser maior do que aqueles que estão no poder para conseguirmos mudar  situações resultantes de uma sociedade desigual e principalmente , temos que nos unir e querer transformar nossa realidade .

domingo, 1 de abril de 2012

AMOR DE ADOLESCENTES

Poesias diferentes
Geralmente, é na adolescência que surge o nosso primeiro amor. Com certeza vocês já ouviram falar da história de amor entre os jovens “Romeu e Julieta”. Assim como na ficção, na vida real também existem casais que lutam em busca do par perfeito. Aquele conjunto de sensações ao avistar a pessoa especial: os olhos brilham, a boca fica seca, a perna bamba, o coração dispara, é algo que não se consegue controlar.

Os relacionamentos afetivos se desenvolvem sempre dentro de um contexto social: a família, o grupo de amigos, a escola, a rua, a cidade, tendo contornos bastante definidos em cada uma das situações. Porém ser amado e amar são uma das coisas mais importantes nesta fase, sendo que muitos têm dificuldade em encontrar sua cara metade graças à timidez, mas atualmente este fator está se tornando cada vez mais raro por causa do ficar, pois ficar por ficar, sem compromisso é melhor ainda, mas não substitui o grande amor.

Autora: Fernanda Essado - Ponto Notícias


SONETO DA FIDELIDADE - Vinicius de Moraes

De tudo, ao meu amor serei atento
 Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
 Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
 Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

BALADA DO AMOR ATRAVÉS DAS IDADES


Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar meu irmão.
Matei, brigamos, morremos.


Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catatumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria do meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal da cruz
e rasgou o peito a punhal…
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira…
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.

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