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segunda-feira, 9 de abril de 2018

O livro é... Ricardo Azevedo


O livro é um lugar de papel








e dentro dele existe sempre uma paisagem.





O leitor abre o livro, vai lendo, lendo e, quando vê, já está mergulhado na paisagem.

Pensando bem, ler é como viajar para outro universo sem sair de casa.

Caminhando dentro do livro, o leitor vai conhecer personagens e lugares, participar de aventuras, desvendar segredos, ficar encantado, entrar em contato com opiniões diferentes das suas, sentir medo, acreditar em sonhos, chorar, dar gargalhadas, querer fugir e, às vezes, até sentir vontade de dar um beijinho na princesa.

Tudo é mentira. Ao mesmo tempo, tudo é verdade, tanto que após a viagem, que alguns chamam leitura, o leitor, se tiver sorte, pode ficar compreendendo um pouco melhor sua própria vida, as outras pessoas e as coisas do mundo."
Ricardo Azevedo

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A beleza do humano, nada mais - Ferreira Gullar

Confesso que, espontaneamente, nunca me coloquei esta questão: para que serve a arte?
Desde menino, quando vi as primeiras estampas coloridas no colégio (que estavam muito longe de serem obras de arte), deixei-me encantar por elas a ponto de querer copiá- las ou fazer alguma coisa parecida. Não foi diferente minha reação quando li o primeiro conto, o primeiro poema e vi a primeira peça teatral. Não se tratava de nenhum Shakespeare, de nenhum Sófocles, mas fiquei encantado com aquilo. Posso deduzir daí que a arte me pareceu tacitamente necessária. Por que iria eu indagar para que serviria ela, se desde o primeiro momento me tocou, me deu prazer? 
Mas se, pelo contrário, ao ver um quadro ou ao ler um poema, eles me deixassem indiferente, seria natural que perguntasse para que serviam, por que razão os haviam feito. Então, se o que estou dizendo tem lógica, devo admitir que quem faz esse tipo de pergunta o faz por não ser tocado pela obra de arte. E, se é este o caso, cabe perguntar se a razão dessa incomunicabilidade se deve à pessoa ou à obra. Por exemplo, se você entra numa sala de exposições e o que vê são alguns fragmentos de carvão colocados no chão formando círculos ou um pedaço de papelão de dois metros de altura amarrotado tendo ao lado uma garrafa vazia, pode você manter-se indiferente àquilo e se perguntar o que levou alguém a fazê-lo. E talvez conclua que aquilo não é arte ou, se é arte, não tem razão de ser, ao menos para você. Na verdade, a arte em si não serve para nada. Claro, a arte dos vitrais servia para acentuar atmosfera mística das igrejas e os afrescos as decoravam como também aos palácios. Mas não residia nesta função a razão fundamental dessas obras e, sim, na sua capacidade de deslumbrar e comover as pessoas. Portanto, se me perguntam para que serve a arte, respondo: para tornar o mundo mais belo, mais comovente e mais humano. 
Onda Jovem. São Paulo, ano 1, n. 3, nov. 2005/fev. 2006.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

MOSTRA CULTURAL - um verdadeiro trabalho coletivo


Neste último sábado(11/11) aconteceu a Mostra Cultural - 2017, da EMEF Professora Marili Dias, localizada na Região Norte da capital de São Paulo.O Encontro foi organizado pelos alunos e Corpo Docente e prestigiado pela comunidade do entorno.

Embora, a mostra cultural, não tenha tido um tema específico os objetivos claros quanto a promoção, integração e troca de experiências entre professores e estudantes ficaram evidentes nas exposições e apresentações no espaço escolar.
O diálogo com os nossos pares é tão fundamental para o processo de aprendizagem quanto para a produção de conhecimento, sendo assim, a troca de experiências e saberes teve e tem um valor inestimável para a construção daquilo que foi proposto e documentado em nossa proposta pedagógica.


O resultado demonstrou todo a experiência, competência do corpo docente e discente, que, desenvolveram trabalhos na forma de fotografias, desenhos, esculturas, maquetes, textos, pôsteres, teatro com os Deuses Olimpianos, coral e até um museu! Houve também apresentação de Trabalho Colaborativo Autoral do EFII.
Todos os envolvidos demonstram compromisso com a produção colaborativa, pois, aprender e ensinar são atos coletivos. Ninguém aprende sozinho, sem referências ou exemplos prévios.

Desta forma, o corpo docente da EMEF Professora Marili Dias, mostrou que o trabalho coletivo é essencial para atender a multiplicidade exigida por um processo de ensino-aprendizagem que converse com as novas demandas do século XXI.

                                                    Parabéns à todos!

domingo, 17 de setembro de 2017

FUZUÊ NA EMEF PROFESSORA MARILI DIAS

Apresentação organizada pela Professora Rosélia


Professores da EMEF Professora Marili Dias, levam muito a sério o ensino da leitura e produção de diferentes linguagens como meio de despertar habilidades e estimular a sensibilidade inerente ao ser humano. Por meio de aulas criativas e interativas, os educandos neste bimestre, tiveram atividades com linguagens performáticas, sonoras, poéticas e gestuais, que culminaram em apresentações maravilhosas, numa festa intitulada FUZUÊ.  
Grupo de danças - Projetos Integrados

Grupo de dança- Professora Graziella ( jogos Africanos)





Desta forma, a cultura afro-brasileira ganhou espaço em nossa Unidade Escolar, e neste último sábado (16), tivemos inclusive, convidados ilustres como o Grupo “Recanto das Batucadas” da EMEF Recanto dos Humildes, que arrasaram com suas cantorias ao som dos tambores e muita dança, sob o comando do professor Nelson Galvão.
Grupo - Batucadas do Recanto dos Humildes

Grupo Batucadas do Recanto dos Humildes







No embalo dos cantos e das danças, reafirmamos nossa identidade cultural afro brasileira, na perspectiva de construir o conhecimento, o entretenimento e a cidadania. 
Portanto, neste encontro para além da alegria revelou-se os sentidos e os significados da nossa cultura, introduzindo na escola e no processo educativo a riqueza da experiência de diferentes formas de compreender e interpretar o real, o lúdico e o simbólico na vida e na condição humana.

A realização deste evento, oportunizou aos nossos educandos e comunidade a reflexão e debate sobre as questões sociais e culturais da população afro brasileira. Enfim, o Fuzuê da EMEF Professora Marili Dias é uma festa que celebra, que ginga, que re-une gente, desejos, além de oportunizar o contato com as manifestações culturais do Brasil, estreitando a relação da população com a cultura afro-brasileira.



domingo, 25 de junho de 2017

Festa Junina 2017: relações alteritárias



Atualmente, qual o verdadeiro significado da festa junina, nas escolas?
Nos dias de hoje, esse cerimonial aponta, segundo penso, o antagonismo da inauguração do novo em oposição a preservação de velhos costumes. Quando vamos a  Festa Junina comemoramos a capacidade humana de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar, provocando em nós, escolhas que  superam as mudanças ocorridas nas posturas dos indivíduos que vivem numa sociedade que coloca a impessoalidade como um elemento que caracteriza os relacionamentos nos diferentes grupos sociais, seja no campo ou na cidade.
Desse modo, observei e achei muito interessante perceber como muitos elementos no evento realizado na EMEF Professora Marili Dias, nos remete a esse antagonismo. Desde a alimentação “típica” como: doces, salgados e bebidas, destacando-se cereais (milho, arroz, amendoim) que são a base de maior parte das receitas juninas, foram acrescentados ao cardápio “hot dog”, pastéis, bolo recheado com cobertura de chantilly, churrasco no espetinho e bebidas como: refrigerante. 
brincadeiras tradicionais
Enquanto que às brincadeiras tradicionais, como: boca do palhaço, argola, pescaria, acrescentou-se a “sala dos monstros”, ideia do professor Ricardo da disciplina de matemática, abraçada com carinho e entusiasmo pelos colegas do Ensino Fundamental II e alunos
sala dos monstros
deste mesmo segmento; aos instrumentos ( sanfona, viola, tambores, triangulo, pandeiro, chocalho)  uma  sofisticada estrutura de som, operada pela professora Daniela e os professores Miro e Luís com grande destreza.

Juntando-se as danças tradicionais, como, as quadrilhas típicas, a coreografia cênica Lenda do Boi Bumba , tivemos a apresentação em Libras do Projeto da professora Aldimaria com a música “Asa Branca”, mostrando não só novos hábitos, mas também o papel da escola inclusiva e democrática.
Professora Aldimaria (turma do Projeto Libras)
  Por meio destes diferentes elementos foi promovido mais um encontro de nossa comunidade que comemora a alegria de seus filhos e filhas que crescem e amadurecem dentro da nossa escola.
Neste meu singelo e sincero relato, quero dizer que uma das coisas que mais me impressionaram nesta festa como colaboradora e observadora, foi perceber a capacidade de nos organizar coletivamente, inspirados com a partilha de experiências de cada um, com grande comprometimento do grupo. Neste evento, criamos, questionamos, acordamos e nos divertimos, produzindo práticas diferenciadas na construção da nossa festa e dos nossos saberes! O Arraiá do Marili Dias realizado em 2017, teve como marca uma relação alteritária, que amadurece a cada dia, transformando-nos em uma verdadeira equipe. Assim sendo, a preparação da festa e a realização dela foi mais  um encontro importante entre educadores, educadoras, educandos e comunidade em processo de libertação, onde a produção coletiva foi maior que o simples somatório das contribuições individuais. Parabéns à todos, educadores, educandos e comunidade!
Professora Susete Mendes