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domingo, 26 de agosto de 2018

Extraordinário-R. J. Palacio


           August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja característica é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso, ele nunca havia frequentado uma escola de verdade… até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. 
          Nas primeiras páginas, o leitor já é avisado: assim como não devemos julgar um livro pela capa, não julgue um menino pela cara.

sábado, 25 de agosto de 2018

A Marca de Uma Lágrima – Pedro Bandeira

A Marca de uma Lágrima - 4ª Ed. Nova Ortografia - Bandeira, Pedro – 

A Marca de Uma Lágrima conta a história de Isabel, uma adolescente de 14 anos, passando por todas as transformações e inseguranças desta fase.
Ela se acha feia e gorda, e o espelho é o seu maior inimigo. Apaixonada por um primo mais velho, Cristiano, ela se envolve em um triângulo amoroso com sua melhor amiga.
E para piorar a situação, Isabel presencia um acontecimento trágico no laboratório da escola, que dá um nó na relação destes jovens.
Um marco na adolescência de muitos apaixonados pela literatura, o livro é assinado por Pedro Bandeira, um dos grandes autores de literatura infanto-juvenil brasileira. Misturando prosa e poesia, Pedro Bandeira constrói uma narrativa cheia de conflitos adolescentes. Todos os sentimentos intensos dessa época estão contemplados em A Marca de uma Lágrima.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O velho do Oásis


 

 

Há uma popular lenda do Próximo Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoas vivem neste lugar?

- Que tipo de pessoas viviam no lugar de onde veio? - perguntou por sua vez o ancião.

- Oh, um grupo de egoístas e perversos - replicou o rapaz - estou satisfeito de ter saído de lá.

- A mesma coisa haverá de encontrar por aqui - replicou o velho.

 

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoas vivem por aqui?

O velho respondeu com a mesma pergunta:

- Que tipo de pessoas viviam no lugar de onde você veio?

O rapaz respondeu:

- Eram pessoas maravilhosas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.

- O mesmo encontrará por aqui - respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?

Ao que o velho respondeu:

- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.

Para onde nós formos, levaremos os nossos pensamentos.

domingo, 10 de novembro de 2013

Os filhos da Meia Noite - Salman Rushdie

“E são tantas as histórias para contar, tantas, até demais, um excesso de vidas, acontecimentos, milagres, lugares e boatos entrelaçados, uma mistura tão densa do improvável e do mundano…" (Salman Rushdie, no livro Os filhos da Meia Noite)

sábado, 14 de setembro de 2013

Excluídos - FERREIRA GULLAR


DE ALGUM tempo para cá, a parte da sociedade que mora em favelas e bairros pobres é qualificada como "excluída". Ou seja, os moradores da Rocinha e do Vidigal, por exemplo, não vivem ali porque não dispõem de recursos para morar em Ipanema ou Leblon, e sim porque foram excluídos da comunidade dos ricos. E eu, com minha mania de fazer perguntas desagradáveis, indago: mas alguma vez aquele pessoal da Rocinha morou nos bairros de classe média alta e dos milionários? Afora um ou outro que possa ter se arruinado socialmente ou que tenha optado por residir ali, todos os demais foram levados a isso por sua condição econômica ou porque ali nasceram. Então por que considerá-los "excluídos", se nunca estiveram "incluídos"?
No meu pouco entendimento, excluído é quem pertenceu a uma entidade ou a comunidade e dela foi expulso ou impedido de nela continuar. Quem nunca pertenceu às classes remediadas ou abastadas não pode ter sido excluído delas. Mais apropriado seria dizer que nunca foi incluído. Ainda assim, se não me equivoco, incorreríamos em erro. Senão, vejamos: a Rocinha, o Vidigal, o Borel e a favela da Maré fazem parte da cidade do Rio de Janeiro, não fazem? Seria correto afirmar, então, quer seja do ponto de vista urbanístico, quer do demográfico e social, que o Rio são apenas os bairros em que reside a parte mais abastada da população? Se fizermos isso, então, sim, estaremos excluindo parte considerável do território e da gente que constitui a cidade do Rio e que, portanto, pertence a ela.
Consideremos agora a questão de outro ponto de vista. Nos morros e favelas da cidade residem cerca de 1 milhão de pessoas, que têm vida social ativa, pois trabalham, estudam, participam de organizações comunitárias e recreativas. A maioria delas trabalha fora de sua comunidade, no comércio, na indústria, no serviço público, ou desenvolve atividade informal. Logo, participa da vida econômica, cultural e esportiva da cidade. Em que sentido, então, essa gente estaria excluída? Não resta dúvida de que as famílias faveladas, na sua ampla maioria, vivem em condições precárias, tanto no que se refere ao conforto domiciliar quanto à alimentação, às condições de higiene e saneamento, educação, saúde e segurança. Mas não estão excluídas da preocupação dos políticos que, na época das eleições, vão até lá em busca de votos. Há, nessa comunidade, cabos eleitorais, pessoas que atuam em associações de bairro e fazem a ligação com os centros políticos de poder. É certo que a grande maioria dessa gente não participa da vida política, mas isso ocorre também com as demais pessoas, morem onde morarem. Por todas essas razões, somos obrigados a concluir que os pobres e favelados estão incluídos na vida econômica, social e política da sociedade.
No entanto, isso não significa que estejam em pé de igualdade com as pessoas das classes médias e ricas. Não estão e, na sua grande maioria, descendem de gerações de brasileiros que tampouco gozaram dessa igualdade. Muitos descendem de antigos escravos e de brancos pobres que, pela carência de meios e pela desigualdade que rege o processo social, jamais tiveram possibilidade de ascender econômica e socialmente. Eles não foram excluídos simplesmente porque jamais estiveram incluídos entre os mais ou menos privilegiados.
Por que, então, cientistas políticos, sociólogos e jornalistas, entre outros, falam de exclusão social? Por ignorância não será, já que todos eles estão a par do que, bem ou mal, tentei demonstrar aqui. Creio que, consciente ou inconscientemente, procura-se levar a sociedade a pensar que a desigualdade social não é conseqüência de fatores objetivos, do sistema econômico, mas sim resultado da deliberação de pessoas cruéis que empurram os mais fracos para fora da sociedade e os condenam à miséria.
Em vez de admitir que esse sistema, por visar acima de tudo o lucro e ser, por definição, concentrador da riqueza, é que dificulta, ainda que não impeça, a ascensão dos mais pobres, procura-se fazer crer que a desigualdade é fruto de decisões pessoais. Ignora-se que, no sistema capitalista, quem não tem emprego também está incluído nele, como exército de reserva de mão-de-obra, com a função de pressionar o trabalhador e limitar-lhe as reivindicações. A eliminação da miséria beneficia o sistema pois amplia o mercado consumidor. O empresário pode ser, como você ou eu, bom ou mau, generoso ou sovina, mas, como disse Marx, "o capital governa o capitalista". O problema está no sistema, não nas pessoas.

domingo, 30 de junho de 2013

LEITURA COMPARTILHADA - EF II - O segredo do Colecionador - Ana Cristina Massa


ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA EMEF PROFESSORA MARILI DIAS LERAM , GOSTARAM E INDICAM ESTA AVENTURA!


NESTE SEMESTRE FIZEMOS A LEITURA COMPARTILHADA DESTA OBRA
Quem rouba um livro não rouba apenas um volume de páginas impressas, pois pode estar roubando um importante fato da História de todos os homens, principalmente se o livro em questão for um original com mais de quinhentos anos. Pior ainda, se não for livros raros, mas antigos documentos, manuscritos, mapas… Desvendar a História é igualmente uma aventura, como desvendar uma história de mistério — melhor ainda quando ambos os caminhos se fundem em uma narrativa só: Eugênio, o Gênio, Jonas, Goma, Sofia e Isadora são os Invencíveis, sempre a esquadrinhar as ruas, os lugares, os monumentos da arquitetura histórica brasileira no Rio de Janeiro.

Desta vez (no terceiro livro da série), o quinteto encasqueta com a figura pálida do novo professor de História, agarrado a uma velha pasta. Até aí, nada de extraordinário, não fosse o fato de ele ainda não ter memorizado os números do segredo que trazia anotado em um pedaço de papel…
O detalhe não passa despercebido a G que, então, decide ficar de olho. Pronto: começam as confusões, passeios, corridas de táxi, perseguições da Biblioteca Nacional até o Jardim Botânico, numa trama que envolve, mais uma vez, o detetive Sombra, um colecionador de obras raras, um ambulante mal encarado e um ladrão especializado em livros e gravuras antigas — e um manuscrito medieval do marinheiro Álvaro Velho sobre a viagem de Vasco da Gama!

Com um texto veloz, Ana Cristina Massa desvenda fatos e postais da paisagem turística, ligando-os organicamente à novela policialesca e juvenil. Além dos livros com fundo falso, as aquisições nas feiras de antiguidade e sebos da cidade, navegações com laptop e em códigos medievais, há um tempinho reservado para a descontração, o som do DJ na festa de Gênio, a troca de pares românticos, as confissões entre os irmãos Goma e Sofia e outros conflitos sentimentais.