sábado, 23 de maio de 2015

As redes sociais nos transformaram em narcisistas? O que é uma " selfie " ?



O egoísmo é uma reação inevitável em plataformas sociais?

 Existe síndrome " selfie " ?
Auto fotografar-se, o ato de usar um smartphone ou mesmo uma webcam enquanto estamos comendo sushi no restaurante japonês favorito , quando compramos um carro novo, uma roupa nova, tudo é motivo para postar estas fotos na Rede Social.
Junto com os avanços da tecnologia e da ascensão das redes sociais, " selfies " é um auto retrato repetidamente na mesma posição e lançado quase que instantaneamente em seus perfis sociais. A partir dai, a  principal preocupação é quantos "likes" ou como " retweets " receberá a foto em questão . E se , além disso, dedicarmos um ou mais comentários , a popularidade aumenta , mais ainda .
" Selfie " o que você diz sobre suas fotos ?
Se você é fanático em compartilhar seu auto retrato ( selfie ) em redes sociais ou conhece alguém assim , esta informação que lhe interessa , como dizem os especialistas quando isso é feito repetidamente , está expressando certas necessidades ... O que você acha ?
Sob a hashtag (etiqueta) # eu ou #selfie , que muitas vezes acompanha a auto retratos , milhares de pessoas postam suas fotos em redes sociais; somente no Facebook é estimado  circular mais de 240 bilhões, mas por que fazer isso ? Os motivos variam :

  1. Para se divertir.
  2. Para mostrar realizações.
  3. Como mensagem para alguém.
  4. Para compartilhar momentos.
 
 

Uma análise descreve como o uso excessivo de Facebook e Twitter desperta o Narcisismo nos usuários. 
 Embora pareça só  uma moda , especialistas alertam sobre os seus efeitos.
Embora você não deva generalizar especialistas em psicologia alertam que expor excessivamente a vida pessoal, pode suscitar discussões como baixa autoestima, aqueles que procuram aprovação e aceitação dos outros.

Os sociólogos e psiquiatras concordam que as pessoas exibem apenas o que acham bonito exibir, construindo, assim, uma identidade  para a consideração, feedback e validação de outras pessoas.

Sendo assim, podemos considerar  a tendência Selfie como um ato de vaidade que indica narcisismo, ou , a falta de autoestima que resulta na necessidade de auto afirmação e construção de identidade.
Eu, eu, eu " parece ser o mantra de hoje. Será que vamos estar recebendo narcisista na cultura digital? Tirar uma foto de si mesmo , ocasionalmente, pode ser divertido se não levar a sério. No entanto, quando vemos pessoas tirando fotos a cada cinco minutos , em todas as poses e as circunstâncias possíveis para publicá-las em redes sociais e alterar o seu perfil todos os dias ,é algo preocupante...

Será  solidão , insegurança ,  vaidade ?

Bom, antes de postar suas fotos nas grandes redes como Facebook , seria conveniente pensar por que você faz ? , Você considera selfie ? , Você precisa de algum tipo de ajuda?




Criminal Minds x "Síndrome de Estocolmo"



Aprendi um pouco mais com um episodio da serie Criminal Minds. Em “The Company” o caso da prima desaparecida de Morgan, Cindy, é retomado. Não foi um episódio violento, que te deixa com aquele sentimento de culpa enorme por ter assistido Criminal Minds de noite. Mas a carga dramática e o envolvimento que o telespectador tem com a situação terrível da Cindy fazem com que, mais uma vez, o alto nível da série seja atingido. Neste episodio eu aprendi sobre a Síndrome de Estocolmo...Pois sempre que acabo de assistir um programa como este me vem aquela vontade louca de pesquisar, de saber um pouquinho mais e....


Crime que originou "Síndrome de Estocolmo"




Estocolmo, capital da Suécia: durante assalto, reféns e sequestradores estabeleceram laços afetivos


Copenhague - O "drama de Norrmalmstorg", um assalto a um banco com reféns no centro da capital sueca que deu origem à famosa "síndrome de Estocolmo".


Uma assaltante, um presidiário e quatro funcionários conviveram por seis dias dentro do banco, e os reféns criaram uma relação afetiva, de cumplicidade com seus sequestradores que acabou por batizar um termo psicológico que se tornou comum em todo o mundo.


Nesse assalto, que durou do dia 23 a 28 de agosto de 1973, as vítimas normalmente defendiam os sequestradores, mesmo após os seis dias de sequestro terem chegado ao fim e apresentaram comportamento reservado durante os processos judiciais do caso. O termo foi assinalado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que auxiliou a polícia no período do assalto.

A síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvida por uma vítima de sequestro.

As vítimas passam a identificar-se emocionalmente com os criminosos, inicialmente como modo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência por parte deles. Um mínimo gesto de gentileza dos raptores normalmente é ampliado, pois, do ponto de vista das vítimas, é extremamente difícil, ou até impossível, obter uma visão clara da realidade nessas situações e obter uma mensuração do perigo real. Deste modo, as tentativas de libertação são tidas como uma ameaça, pois a vítima pode correr o risco de ser magoada. É importante salientar que os sintomas resultam de um estresse físico e mental (emocional) extremo. O complexo e comportamento duplo de afetividade e ódio concomitantes junto aos raptores é considerado como uma estratégia de sobrevivência por parte dos reféns.

Como estratégia de sobrevivência, a mente humana é capaz de desenvolver anomalias incríveis. Ser sequestrado e se apaixonar pelo sequestrador não é só história de filme. Na Síndrome de Estocolmo o raptado passa a admirar e até mesmo amar a pessoa que a sequestrou, tudo como parte de uma doença desenvolvida por um transtorno mental.

O comportamento de pacientes com essa síndrome sugere um instinto de sobrevivência inconsciente, em um gesto desesperado de preservação pessoal. O problema costuma surgir em situações psicologicamente traumáticas e os efeitos, geralmente, são preservados e as vítimas continuam a defender e a gostar de seus raptores mesmo depois de escapar do cativeiro. Hoje, sabe-se que os sintomas da síndrome de Estocolmo surgiam no relacionamento entre senhor e escravo e nos campos de concentração na Alemanha. Também é possível identificá-los nos casos de esposas agredidas por seus maridos, que mesmo em uma situação de perigo e sofrimento continuam amando e admirando o companheiro.


domingo, 17 de maio de 2015

A química do beijo


Esse ato aparentemente simples, mas cheio de significado, desperta uma revolução de sentimentos e reações no organismo humano.
Ah, o beijo... Quem não se lembra do primeiro, quando descobriu os poderes encantadores desse ato aparentemente simples, mas tão cheio de significados? Quem nunca se emocionou com um beijo?
Sem essa demonstração de carinho é impossível namorar, amar.
Beijar é uma arte.
Existem poucos estudos científicos sobre o poder de um beijo...

 É através do beijo que o ser humano libera aquelas substâncias químicas que transmitem mensagens ao corpo! 
Aí vem aquele estado de leveza física .... Que envolve e enlouquece...
Quando duas pessoas se beijam, a hipófise, o tálamo e o hipotálamo trabalham juntos na liberação dessas substâncias, ocorrendo assim o que se chama de "química do beijo ", que vai ativar a libido e a produção da endorfina, substância que produz no corpo a sensação de leveza e de flutuação...

E se alguém tem dúvida de que essa sensação de excitação faz bem ao corpo e à mente é só levar em conta que ela ativa a produção dos hormônios e desperta o desejo, ingredientes essenciais à satisfação humana. 






Além da química, o beijo movimenta cerca de 29 músculos - 12 dos lábios e 17 da língua. Com um simples beijo é possível queimar de três a 12 calorias, dependendo da intensidade. 





Viu só como beijar é muuuuuitooooo bom!!! só não vale sair beijando qualquer um né! beijo bom mesmo é aquele envolto de muito carinho, de sentimentos verdadeiros e ... tudo mais que a imaginação permitir!










MUITOS BEIJOS!!!FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A forma escolar de tortura- Por Rubem Alves



Eu fui vítima dele. Por causa dele odiei a escola. Nas minhas caminhadas passadas eu o via diariamente. Naquela adolescente gorda de rosto inexpressivo que caminhava olhando para o chão. E naquela outra, magricela, sem seios, desengonçada, que ia sozinha para a escola. Havia grupos de meninos e meninas que iam alegremente, tagarelando, se exibindo, pelo mesmo caminho... Mas eles não convidavam nem a gorda e nem a magricela. Dediquei-me a escrever sobre os sofrimentos a que as crianças e adolescentes são submetidos em virtude dos absurdos das práticas escolares. Mas nunca pensei sobre os sofrimentos que colegas infligem a colegas seus. Talvez eu preferisse ficar na ilusão de que todas as crianças e todos os adolescentes são vítimas. Não são. Crianças e adolescentes podem ser cruéis.

“Bullying” é o nome dele. Fica o nome inglês porque não se encontrou palavra em nossa língua que seja capaz de dizer o que “bullying” diz. “Bully” é o valentão: um menino que, e em virtude de sua força e de sua alma deformada pelo sadismo tem prazer em intimidar e bater nos mais fracos. Vez por outra as crianças e adolescentes brigam em virtude de desentendimentos. São brigas que têm uma razão. Acidentes. Acontecem e pronto. Não é possível fazer uma sociologia dessas brigas. Depois da briga os briguentos podem fazer as pazes e se tornarem amigos de novo. Isso nada têm a ver com o “bullying”. No “bullying” um indivíduo, o valentão, ou um grupo de indivíduos, escolhe a sua vítima que vai ser o seu “saco de pancadas”. A razão? Nenhuma. Sadismo. Eles “não vão com a cara” da vítima. É preciso que a vítima seja fraca, que não saiba se defender. Se ela fosse forte e soubesse se defender a brincadeira não teria graça. A vítima é uma peteca: cada um bate e ela vai de um lado para outro sem reagir. Do “bulling” pode-se fazer uma sociologia porque envolve muitas pessoas e tem continuidade no tempo. A cada novo dia, ao se preparar para a escola, a vítima sabe o que a aguarda. Até agora tenho usado o artigo masculino – mas o “bullying” não é monopólio dos meninos. As meninas usam outros tipos de força que não a força dos punhos. E o terrível é que a vítima sabe que não há jeito de fugir. Ela não conta aos pais, por vergonha e medo. Não conta aos professores porque sabe que isso só poderá tornar a violência dos colegas mais violenta ainda. Ela está condenada à solidão. E ao medo acrescenta-se o ódio. A vítima sonha com vingança. Deseja que seus algozes morram. Vez por outra ela toma providências para ver seu sonho realizado. As armas podem torná-la forte.

Freqüentemente, entretanto, o “bullying” não se manifesta por meio de agressão física, mas por meio de agressão verbal e atitudes. Isolamento, caçoada, apelidos.

Aprendemos dos animais. Um ratinho preso numa gaiola aprende logo. Uma alavanca lhe dá comida. Outra alavanca produz choques. Depois de dois choques o ratinho não mais tocará a alavanca que produz choques. Mas tocará a alavanca da comida sempre que tiver fome. As experiências de dor produzem afastamento. O ratinho continuará a não tocar a alavanca que produz choque ainda que os psicólogos que fazem o experimento tenham desligado o choque e tenham ligado a alavanca à comida. Experiências de dor bloqueiam o desejo de explorar. O fato é que o mundo do ratinho ficou ordenado. Ele sabe o que fazer. Imaginem agora que uns psicólogos sádicos resolvam submeter o ratinho a uma experiência de horror: ele levará choques em lugares e momentos imprevistos ainda que não toque nada. O ratinho está perdido. Ele não tem formas de organizar o seu mundo. Não há nada que ele possa fazer. Os seus desejos, eu imagino, seriam dois. Primeiro: destruir a gaiola, se pudesse, e fugir. Isso não sendo possível, ele optaria pelo suicídio.

Edimar era um jovem tímido de 18 anos que vivia na cidade de Taiúva, no estado de São Paulo. Seus colegas fizeram-no motivo de chacota porque ele era muito gordo. Puseram-lhe os apelidos de “gordo”, “mongolóide”, “elefante-cor-de-rosa” e “vinagrão”, por tomar vinagre de maçã todos os dias, no seu esforço para emagrecer. No dia 27 de janeiro de 2003 ele entrou na escola armado e atirou contra seis alunos, uma professora e o zelador, matando-se a seguir.

Luis Antônio, garoto de 11 anos. Mudando-se de Natal para Recife por causa do seu sotaque passou a ser objeto da violência de colegas. Batiam-lhe, empurravam-no, davam-lhe murros e chutes. Na manhã do dia fatídico, antes do início das aulas, apanhou de alguns meninos que o ameaçaram com a “hora da saída”. Por volta das dez e meia, saiu correndo da escola e nunca mais foi visto. Um corpo com características semelhantes ao dele, em estado de putrefação, foi conduzido ao IML para perícia.

Achei que seria próprio falar sobre o “bullying” na seqüência do meu artigo sobre o tato que se iniciou com esta afirmação: O tato é o sentido que marca, no corpo, a divisa entre Eros e Tânatos. É através do tato que o amor se realiza. É no lugar do tato que a tortura acontece. “Bullying” é a forma escolar da tortura.

FONTE:http://www.rubemalves.com.br/aformaescolardatortura.htm

A ESCOLA DOS BICHOS - Rosana Rizzuti



Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.E assim foi feito, incluíram tudo, mas...cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.O Pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma topeira.Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.

SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS. Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO


Ver Vendo - Otto Lara Rezende



De tanto ver, a gente banaliza o olhar – ver... não vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como o vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.
Se alguém lhe pergunta o que você vê pelo caminho, você não sabe.
De tanto vê, você banaliza o olhar.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.
Lá estava sempre, pontualíssimo, o porteiro.
Dava-lhe bom dia, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.
Um dia o porteiro faleceu.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia.
Em 32 anos nunca consegui vê-lo.
Para ser notado o porteiro teve que morrer.
Se, um dia, em seu lugar tivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser, também, que ninguém desse por sua ausência.
O hábito suja os olhos e baixa a vontade. Mas a sempre o que ver; gente; coisa; bichos.
E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê aquilo que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpo para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê. O pai que raramente vê o próprio filho. O marido que nunca viu a própria mulher.
Os nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos.
...e por ai que se instala no coração o monstro da indiferença


domingo, 3 de maio de 2015

Recado ao Sr. 903 - Rubem Braga


Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador do prédio, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal - devia ser meia-noite - e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão . O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a lei e a polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números , dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a leste pelo 1005, a oeste pelo 1001, ao sul pelo Oceano Atlântico, ao norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos ; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré , dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar , depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada,   e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos . Peço-lhe desculpas - e prometo silêncio.
"' Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: "Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou". E o outro respondesse: "Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela".
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.

"MATERIALISMO MORAL" Susete Mendes


Existem pessoas doentes pelo dinheiro, fama e pela aparência, ou seja, adeptas do "materialismo moral" - a ideia de que a meta suprema da vida humana é juntar joias, terras, dinheiro. Pessoas que vendem a alma pelo brilho da prata e do ouro. Que suplicam e ficam satisfeitas com elogios de hipócritas e interesseiros. 
Estas pessoas só falam de viagem, roupa, carro, joias, perfumes, plástica, corpo perfeito. Para elas, pessoas bem sucedidas são aquelas que possuem bens materiais, muita vaidade e poder de compra.  Não há problema algum ser “ambicioso”, ter um excelente emprego e salário, mas como diz Loren Cunningham "O dinheiro é como o camaleão", "assume a cor do coração de quem o possui" e a "riqueza é como água salgada, como disse Schopenhauer: quanto mais se bebe, mais sede se tem".  Assim sendo, é preciso ter claro que dinheiro nunca comprou amor e sem amor, consequentemente não haverá respeito, companheirismo, cooperação, solidariedade, não haverá felicidade.

Você sabe de algum caso em que o dinheiro fez com que alguém amasse outro alguém ou algo verdadeiramente? A resposta é não, nunca houve e não há na humanidade um exemplo que seja de que o dinheiro tenha comprado amor de verdade. O dinheiro já comprou até a honra de certas pessoas. Já comprou traições, sexo, joias,  mas nunca comprou amor de verdade. Talvez esta constatação fácil represente a última e mais forte resistência do ser humano ao materialismo completo.

Pessoas inteligentes estabelecem com seus  familiares, amigos e conhecidos um laço de relacionamento que traz o  respeito e a admiração pelo outro, um vínculo sentimental além do poder aquisitivo de cada um. Nenhum relacionamento será  perfeito nem grandioso sem amor .Como fazer esta mágica?  Manter, garantir  a clara e contínua comunicação transparente entre as pessoas tendo como caminho , o amor por si próprio ,pela família e por tudo e todos que nos cercam.