sábado, 19 de setembro de 2015

Reflexão para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana.


A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Os educadores devem ressaltar em suas aulas a influência da cultura afro-brasileira na formação da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos. Contudo, a inserção do estudo da cultura afro nas escolas públicas e privadas, precisa ir além do verniz “democracia racial”. Os projetos realizados nas escola têm sido em sua maioria apoiados numa África imaginária de discursos da vitimização da história escravocrata no Brasil colônia, outros intermediários que apontam um estudo supérfluo da culinária, das vestimentas, danças e religiosidade, porém a percepção da África envolta nas questões de “discriminação racial”, embora presente nos objetivos educacionais, não possuem ações pontuais em seus planos de ensino . Percebemos que nestes é ignorado o principal, pelo menos no meu olhar de educadora, que é o preconceito e discriminação racial latente que permeia o cotidiano das relações sociais dentro dos espaços educativos, situações de conflito, que podem ser uma oportunidade a mais para o processo ensino aprendizagem, acabam não sendo aproveitadas pelos educadores para ampliar seus horizontes, bem como de seus alunos na direção de uma postura tolerante, plural e multicultural.
Os projetos tem a intenção de cumprir a lei , mas, infelizmente continuam afônicos quanto aos estudos das africanidades, pois, apenas remoem o passado , e mostram o continente Africano como um lugar sagrado do passado , contribuindo pouco ou nada para a internalização do conhecimento e reconhecimento da influência da cultura afro  na sociedade brasileira.
Susete Mendes

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