segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SARAU COM OS AMIGOS DA LILIKA - 09 DE NOVEMBRO

Um sarau(do latimseranus, através do galego serao) é um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente.


Um sarau pode envolver dança,poesia, leitura de livros,músicaacústica e também outras formas de arte como pintura,teatro e comidas típicas. Evento bastante comum no século XIX que vem sendo redescoberto por seu caráter de inovação, descontração e satisfação.

LÁ NA CASA DA LILIKA... 
                                                                   SÓ SEI QUE FOI ASSIM...





 




 

domingo, 10 de novembro de 2013

Os filhos da Meia Noite - Salman Rushdie

“E são tantas as histórias para contar, tantas, até demais, um excesso de vidas, acontecimentos, milagres, lugares e boatos entrelaçados, uma mistura tão densa do improvável e do mundano…" (Salman Rushdie, no livro Os filhos da Meia Noite)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Flor do Cemitério


 Crianças que estudavam próximas ao cemitério, iam caminhando de volta pra casa. Mas uma menina na faixa etária de uns 7 ou 8 anos, tinha a mania de querer estudar dentro do cemitério, ela não tinha medo, ia sozinha, achava até legal, pois não tinha barulho e ela se concentrava mais em seus estudos. Mas um dia antes de ela ir embora para casa, agachou-se e pegou uma florzinha.
No dia seguinte, o telefone tocou, e sua mãe pediu que ela atendesse o telefone, e no fundo saía uma voz, baixa e sussurrando: Devolva a minha florzinha, Devolva! A menina assustada começou a chorar. Os telefonemas persistiam, até a sua mãe já havia escutado e dizia para a pessoa que estivesse fazendo isso parar. A mãe foi na escola conversar com professores e alunos, para saber se alguém, estava fazendo alguma brincadeira, mas não houve respostas para os telefonemas, que continuavam a persistir, naquela época não tinha bina, mas a polícia foi investigar e o telefone dava como inexistente. A menina já estava fraca, não se alimentava, adoeceu, não resistiu às pressões e faleceu. Até hoje não existiram explicações para este caso.

Quando for visitar o cemitério, não roube  florzinhas, ou melhor nenhum objeto,isso pode acontecer com você...
 

fonte: http://lendasurbanasdearrepiar.webnode.com.br/a-flor-do-cemiterio/


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CRENDICES E SUPERSTIÇÕES COM A MORTE


• Quando morre uma pessoa, deve-se abrir todas as portas para a alma sair. Fecham-se porém os fundos da casa. A alma deve sair pela frente. A casa não deve ser fechada antes de sete dias pois o fel (as vísceras) do defunto só se arrebentará nesse prazo. Então a alma vai para o seu lugar. A novena de defunto é para a alma ir para onde foi destinada.
• Não se deve chorar a morte de um anjinho, pois as lágrimas molharão as suas asas e ele não alcançará o
céu
.

• Quando numa procissão, o pálio para defronte de alguma porta de uma casa, é presságio de morte de alguma pessoa dessa casa, porque o pálio para sempre defronte às janelas.

• Homem velho que muda de casa, morre logo.

• Quando a pessoa tem um tremor, é porque a morte passou por perto dela. Deve-se bater na pessoa que está próxima e dizer: sai morte, que estou bem forte.

• Acender os cigarros de três pessoas com um fósforo só, provoca a morte da terceira pessoa.
Outra versão: morrerá a mais moça dos três fumantes.

• Derrubar tinta é prenúncio de morte.

• Quando várias pessoas estão conversando e param repentinamente, é que algum padre morreu.

• Perder pedra de anel é prenúncio de morte de pessoa da família.

• Quando uma pessoa vai para a mesa de operação, não deve levar nenhum objeto de ouro, pois se tal acontecer, morre na certa.

• Não presta tirar fotografia, sendo três pessoas, pois morre a que está no centro.

• Doente que troca de cama, morrerá na certa.
Outra versão: não morrerá.

• Não se deve deitar no chão limpo, pois isso chama a morte para uma pessoa da família.

• Quando pessoas vão caçar ou pescar, nunca devem ir em número de três, pois uma será picada por cobra e morrerá na certa.

• Quem come o último bocado morre solteiro.

• Se acontece de se ouvir barulho à noite, em casa, é que a morte está se aproximando.

• Quando morre uma pessoa idosa, morre logo um anjo seu parente (criança) para levar aquela para o céu.

• Defunto que está com braços duros, amolece-os se pedir que assim faça.

• Defunto que fica com o corpo mole é indício de que um seu parente o segue na morte.

• Quando o defunto fica com os olhos abertos é porque logo outro da família o seguirá.

• Não se deve beijar os pés de defunto, pois logo se irá atrás dele, morrendo também.

• Na hora da morte, fazer o agonizante segurar uma vela para alumiar o caminho que vai seguir.

• Em mortalha, a linha não deve ter nó.

• Água benta ou alcânfora temperada na pinga joga-se com um galho de alecrim, sobre o defunto.

• Quando uma pessoa jogar terra sobre o defunto na cova, deve pedir ao mesmo que lhe arranje um bom lugar no além. Se ele for para um bom lugar, arranjará; se para um mau quem pede está azarado. Bom é pedir lugar para o cadáver de um anjinho, pois este sempre vai para um bom lugar.

• Não se deve trazer terra do cemitério quando se volta de um enterro, pois ela traz a morte para a casa.

• A pessoa que apaga as velas após a saída do enterro morrerá logo. É bom colocar perto do caixão do defunto um copo d’água benta.

• Não presta ver muitos enterros, pois com isso se chama a morte para si.

• Quando passa um enterro, não se deve atravessar o acompanhamento, pois isso traz a morte para pessoas da família. Bom é acompanhar o enterro.

• Não presta acender só três velas para defunto; deve-se acender quatro.

(Araújo, Alceu Maynard. Folclore nacional, São Paulo, Edições Melhoramentos. v. 1)

sábado, 26 de outubro de 2013

As gordinhas charmosas

A obesidade pode até ser uma doença, mas se torna Extra Grande quando é preconceituosa.
                                                                                                                        
A tela é de uma pintora africana, nascida em Johannesburg, sul da África. Sua pintura é harmoniosa.
 Abaixo um texto bem interessante e telas de gordinhas pra lá de charmosas!










 
"Podem me chamar de gordinha, gorda, redonda, gorducha, eu não ligo, sou assim mesmo dona de uma circunferência perfeita, talvez seja por isso que os homens corram atrás de mim, sou assumidamente roliça, os homens me adoram, os poucos que não gostam de mim é porque não me conhecem direito, sou tudo de bom, eu enfeitiço e sou cobiçada, a maioria dos homens sabem lidar comigo, sabem me tratar bem, há aqueles que me maltratam, mas com um pouco de esforço faço logo eles mudarem de ideia, sou gorduchinha de verdade, não me importo com o que vocês mulheres dizem de mim, pois sei que muitos namorados e maridos vêm atrás de mim, por minha causa já fiz muitos casais brigarem, causo reboliço, desperto vontades, paixões, tenho algo que os homens encontram em mim, não sei o que é, a me ver simplesmente eles piram, sou fofa e muito amada, aposto que você gostaria de saber quem eu sou, pois vou dizer, não sem antes dizer mais uma vez, sou fofinha, gorduchinha, redondinha, eu sou a bola de futebol. "

Se você achou que a gordinha em questão era uma mulher convencida, se achando o máximo errou feio, apesar da tendência para o humor o texto serve para um breve questionamento; por que uma mulher acima do peso não poderia seduzir e atrair os homens? Talvez porque hoje possuímos uma visão sobre imagem e padrões impostos pelos meios formadores de opinião.

Faço algumas perguntas para serem refletidas por vocês leitores.

Por que temos que ter as mesmas características das figuras da mídia?

Por que não aceitamos como as pessoas são?

Você se encaixa nos padrões estabelecidos? Se sim tudo bem, se não, por que esforçar se para seguir o que está ditadura ordena?

 

Augustin Kassi é africano. Nasceu em 1966, Assoumoukro, Costa do Marfim. Em suas pinturas costuma homenagear as formas volumosas de mulheres africanas. Em entrevista ao jornal BBC em 18 de maio de 2012, disse: “Eu queria lutar por essas mulheres que foram criticadas e até feitas prisioneiras da ideia de que não eram bonitas.”. Infelizmente não encontrei o título da tela, caso alguém saiba, favor postar no comentário abaixo. Gostei da tela! A mulher é  gorda e vaidosa, não deixa de passar maquiagem, usar acessórios, se produzir.

 

Seja o que você for, mas sempre seja você mesmo!

 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Contos Africanos


Os Griots
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Depois de um bom jantar, com a lua brilhando, as pessoas de uma aldeia na África antiga podem ouvir o som de um tambor, chocalho, e uma voz que gritava: "Vamos ouvir, vamos ouvir!" Esses foram os sons do griot, o contador de histórias.

Quando eles ouviram o chamado, as crianças sabiam que estavam indo para ouvir uma história maravilhosa, com música e dança e música! Talvez hoje a história seria sobre Anansi, a aranha. Todo mundo adorava Anansi. Anansi podia tecer as teias mais bonitas. Ele foi quem ensinou o povo de Gana como tecer o pano de lama bonito. Anansi teve uma boa esposa, filhos fortes, e muitos amigos. Ele entrou em muita confusão, e usou sua inteligência e poder do humor de escapar.

Houve outras histórias que o povo gostava de ouvir mais e mais. Algumas histórias eram sobre a história da tribo. Alguns eram grandes guerras e batalhas. Algumas eram sobre a vida cotidiana. Não havia linguagem escrita na África antiga. Os narradores acompanhavam a história do povo.

Havia geralmente apenas um contador de histórias por aldeia. Se uma vila tentava roubar um contador de histórias de outra aldeia, era motivo de guerra! Os contadores de histórias foram importantes. Os griots não eram as únicas pessoas que podiam contar uma história. Qualquer um poderia gritar: "Vamos ouvir, vamos ouvir!" Mas os griots eram os "oficiais" contadores de histórias. O griot aldeia não tem que trabalhar nos campos. Sua tarefa era contar histórias.

Mil anos mais tarde, novas histórias sobre novos triunfos e novas aventuras ainda estão sendo informados pela aldeia pelos Griots.
Fonte: http://africa.mrdonn.org/fables.html

♥♥♥
 
Ananse
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Ananse, ou Anansi, é uma lenda africana. Conta um caso interessante, no qual no mundo antigo não havia histórias e por isso viver aqui era muito triste.

Houve um tempo em que na Terra não havia histórias para se contar, pois todas pertenciam a Nyame, o Deus do Céu. Kwaku Ananse, o Homem Aranha, queria comprar as histórias de Nyame, o Deus do Céu, para contar ao povo de sua aldeia, então por isso um dia, ele teceu uma imensa teia de prata que ia do céu até o chão e por ela subiu.

Quando Nyame ouviu Ananse dizer que queria comprar as suas histórias, ele riu muito e falou: - O preço de minhas histórias, Ananse, é que você me traga Osebo, o leopardo de dentes terríveis; Mmboro os marimbondos que picam como fogo e Moatia a fada que nenhum homem viu.

Ele pensava que com isso, faria Ananse desistir da idéia, mas ele apenas respondeu: - Pagarei seu preço com prazer, ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Novamente o Deus do Céu riu muito e falou: - Ora Ananse, como pode um velho fraco como você, tão pequeno, tão pequeno, pagar o meu preço?

Mas Ananse nada respondeu, apenas desceu por sua teia de prata que ia do Céu até o chão para pegar as coisas que Deus exigia. Ele correu por toda a selva até que encontrou Osebo, leopardo de dentes terríveis. - Aha, Ananse! Você chegou na hora certa para ser o meu almoço. - O que tiver de ser será - disse Ananse - Mas primeiro vamos brincar do jogo de amarrar? O leopardo que adorava jogos, logo se interessou: - Como se joga este jogo? - Com cipós, eu amarro você pelo pé com o cipó, depois desamarro, aí, é a sua vez de me amarrar. Ganha quem amarrar e desamarrar mais depressa. - disse Ananse. - Muito bem, rosnou o leopardo que planejava devorar o Homem Aranha assim que o amarrasse.

Ananse, então, amarrou Osebo pelo pé, pelo pé e pelo pé, e quando ele estava bem preso, pendurou-o amarrado a uma árvore dizendo: - Agora Osebo, você está pronto para encontrar Nyame o Deus do Céu.

Aí, Ananse cortou uma folha de bananeira, encheu uma cabaça com água e atravessou o mato alto até a casa de Mmboro. Lá chegando, colocou a folha de bananeira sobre sua cabeça, derramou um pouco de água sobre si, e o resto sobre a casa de Mmboro dizendo: - Está chovendo, chovendo, chovendo, vocês não gostariam de entrar na minha cabaça para que a chuva não estrague suas asas? - Muito obrigado, Muito obrigado!, zumbiram os marimbondos entrando para dentro da cabaça que Ananse tampou rapidamente.

O Homem Aranha, então, pendurou a cabaça na árvore junto a Osebo dizendo: - Agora Mmboro, você está pronto para encontrar Nyame, o Deus do Céu.

Depois, ele esculpiu uma boneca de madeira, cobriu-a de cola da cabeça aos pés, e colocou-a aos pés de um flamboyant onde as fadas costumam dançar. À sua frente, colocou uma tigela de inhame assado, amarrou a ponta de um cipó em sua cabeça, e foi se esconder atrás de um arbusto próximo, segurando a outra ponta do cipó e esperou. Minutos depois chegou Moatia, a fada que nenhum homem viu. Ela veio dançando, dançando, dançando, como só as fadas africanas sabem dançar, até aos pés do flamboyant. Lá, ela avistou a boneca e a tigela de inhame. - Bebê de borracha. Estou com tanta fome, poderia dar-me um pouco de seu inhame?

Ananse puxou a sua ponta do cipó para que parecesse que a boneca dizia sim com a cabeça, a fada, então, comeu tudo, depois agradeceu: - Muito obrigada bebê de borracha.

Mas a boneca nada respondeu, a fada, então, ameaçou: - Bebê de borracha, se você não me responde, eu vou te bater.

E como a boneca continuasse parada, deu-lhe um tapa ficando com sua mão presa na sua bochecha cheia de cola. Mais irritada ainda, a fada ameaçou de novo: - Bebê de borracha, se você não me responde, eu vou lhe dar outro tapa."

E como a boneca continuasse parada, deu-lhe um tapa ficando agora, com as duas mãos presas. Mais irritada ainda, a fada tentou livrar-se com os pés, mas eles também ficaram presos. Ananse então, saiu de trás do arbusto, carregou a fada até a árvore onde estavam Osebo e Mmboro dizendo: - Agora Mmoatia, você está pronta para encontrar Nyame o Deus do Céu.

Aí, ele foi a casa de Ianysiá sua velha mãe, sexta filha de sua avó e disse: - Ianysiá venha comigo vou dá-la a Nyame em troca de suas histórias.

Depois, ele teceu uma imensa teia de prata em volta do leopardo, dos marimbondos e da fada, e uma outra que ia do chão até o Céu e por ela subiu carregando seus tesouros até os pés do trono de Nyame. - Ave Nyame! - disse ele -Aqui está o preço que você pede por suas histórias: Osebo, o leopardo de dentes terríveis, Mmboro, os marimbondos que picam como fogo e Moatia a fada que nenhum homem viu. Ainda lhe trouxe Ianysiá minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Nyame ficou maravilhado, e chamou todos de sua corte dizendo: - O pequeno Ananse, trouxe o preço que peço por minhas histórias, de hoje em diante, e para sempre, elas pertencem a Ananse e serão chamadas de histórias do Homem Aranha! Cantem em seu louvor!

Ananse, maravilhado, desceu por sua teia de prata levando consigo o baú das histórias até o povo de sua aldeia, e quando ele abriu o baú, as histórias se espalharam pelos quatro cantos do mundo vindo chegar até aqui.
♥♥♥


Lenda do tambor africano
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Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua.

Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar.

A Lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio.
O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido.
Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA EFI NA EMEF PROFª MARILI DIAS

    O GRUPO," A TURMA DA ANINHA" ,conta histórias na EMEF Professora Marili Dias
A presente apresentação é resultado  de um minicurso direcionado a recém formadas em Pedagogia( Fundação Herminio Ometto-Uniararas - U.E. Morro Doce - São Paulo - SP) interessadas em enriquecer sua prática pedagógica, que teve como foco a importância da contação de histórias no contexto escolar  para o desenvolvimento das crianças como um todo, visando apresentar algumas habilidades e técnicas necessárias a um bom contador de histórias . As educadoras receberam orientação desde escolha da narrativa mais adequada à situação educativa até as diferentes estratégias utilizadas numa boa roda de história.  (PROFESSORA SUSETE MENDES)

“É evidente que a utilização desse recurso como auxiliar da prática pedagógica potencializa o aprendizado e contribui para o desenvolvimento da personalidade dos alunos de maneira significativa” (Professora Priscila Cardoso )

“A experiência  como contadora de histórias, mostrou-me que além dos conhecimentos das diferentes técnicas e escolha das narrativas, um dos principais ingredientes para uma boa contação é contar com nosso coração e contagiar o público com nosso entusiasmo.”(Professora Lilian Mendes)
 
As contadoras são autoras da obra "AS AVENTURAS DE ANINHA"- A casa do João de Barro e seus filhotes -Editora Paginas & letras
 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Poeminhas para crianças

OU ISTO OU AQUILO
Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
Ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
Ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
Estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
Qual é melhor: se é isto ou aquilo.


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Para Guardar a Infância
Roseana Murray

Atenção: Compro gavetas,
armários, cômodas e baús.
Preciso guardar minha infância:
os jogos da amarelinha,
os segredos que me contaram
lá no fundo do quintal.

Preciso guardar minhas lembranças:
as viagens que não fiz,
ciranda, cirandinha
e o gosto de aventura
que havia nas manhãs.

Preciso guardar meus talismãs:
o anel que tu me deste,
o amor que tu me tinhas
e as histórias que eu vivi...

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Pontinho de Vista
Pedro Bandeira

Eu sou pequeno, me dizem,
e fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
com o queixo levantado.
Mas se formiga falasse,
e me visse lá do chão,
ia dizer com certeza:
"Minha nossa, que grandão!"

sábado, 5 de outubro de 2013

A FADA DA LUZ - (Meyr Vasconcelos)


Um pouco antes de chegar em casa, Carlinhos percebeu que havia algo estranho no ar, o ar parecia carregado de energia negativa.
Abriu a porta com cuidado e entrou. Logo percebeu o motivo. Seus pais o esperavam sentado no sofá com cara de poucos amigos. Mal entrou, seu pai já começou a falar:
– Muito bem! Parece que você nos deve uma explicação, rapazinho! Sua professora nos chamou até a escola para falar do seu desinteresse pelos estudos. Poderia nos explicar o porquê do
seu desinteresse?
Carlinhos sentou-se junto deles e resolveu ser o mais sincero possível.
– Eu não sei, pai: apenas não consigo mais gostar de estudar,
tento prestar atenção, mas a aula sempre parece chata, por mais que eu me esforce, não consigo aprender.
Sua mãe triste comentou com voz de choro:
– Como pode, filho? Você sempre foi um excelente aluno, o melhor da sala e, de repente, você fica assim, desinteressado pelos estudos! Deve haver uma explicação.
– Mãe, simplesmente não sei o que se passa comigo, tento me interessar, me esforço pra lembrar as tarefas que a pede pra fazer em casa, mas, quando me lembro, já é tarde demais e acabo não fazendo. Prometo que vou me esforçar.
Subiu para seu quarto triste e cabisbaixo. Na verdade, não se interessava pela escola e não entendia o porquê. Depois de pensar muito, resolveu descer e jantar. Todos fizeram a refeição em silêncio.
Seu pai foi para a sala assistir ao jornal, enquanto sua mãe foi lavar a louça do jantar.
Carlinhos foi até a praça, sentou-se num banco e ficou observando um grupo de crianças que brincavam de roda, felizes e despreocupadas. Como eram felizes! Ainda não estavam na idade de ir para a escola. Ainda bem, pensou. Tomara que, quando chegar o dia de essas crianças frequentarem a escola, não passem pelo mesmo problema.
Carlinhos sempre gostou tanto de estudar e estava numa situação tão difícil e sem explicação. Voltou para casa e, ao se deitar, viu através da janela aberta uma estrela cadente e fez um pedido.
– Estrela cadente, desejo do fundo do meu coração voltar a ser um garoto estudioso. Pediu com muita fé e depois adormeceu.
De madrugada, acordou com uma voz doce e meiga. Abriu os olhos e viu uma pequena fada que iluminava o quarto todo com sua luz. Carlinhos pensou que talvez estivesse sonhando e, mesmo
assim, perguntou:
– Quem é você? O que faz aqui?
– Meu nome é Fada da Luz e vim para atender ao seu pedido.
Carlinhos ficou muito feliz.
– Que bom! O que você fará?
– Bom, durante cinco dias consecutivos lhe farei perguntas diferentes para as quais esperarei respostas à noite. A primeira pergunta é esta: quem foi Albert Einstein?
– Sei lá! – respondeu Carlinhos.
– Não precisa responder agora, amanhã à noite voltarei para saber a resposta.
Após falar isso, desapareceu. Carlinhos levantou bem cedinho, seus pais já tinha ido
trabalhar. Olhou nos livros da estante da sala e não encontrou nada sobre Albert Einstein. Foi para a escola e, quando lá chegou, foi logo perguntando para o seu professor de Ciências que lhe
respondeu:
– Este gênio do século XX teve uma infância solitária. Gostava de ler e ouvir música, não se identificando com as brincadeiras praticadas pelas outras crianças. Einstein sempre demonstrou grande
habilidade para a compreensão dos conceitos matemáticos. Com 12 anos, aprendeu sozinho geometria euclidiana e, quando se mudou para Milão, em 1894, Einstein fez a leitura de inúmeros livros de
Ciências. Einstein sempre foi crítico dos métodos de ensino das escolas e, apesar de ter fraco resultado escolar, Einstein tinha uma enorme curiosidade em compreender o Universo. Apresentou uma
postura autodidata, afirmando que “preferiria suportar qualquer coisa ou castigo a ter que papaguear as coisas aprendidas, e autoclassificava-se como “livre-pensador fanático”. Por que quer
saber, Carlinhos?
– Por nada, professor; era só curiosidade.
Na madrugada, a fada chegou e perguntou-lhe a resposta.
Carlinhos respondeu com perfeição e entusiasmo.
– Muito bem, agora vamos à próxima pergunta: quem foi Rui Barbosa? Voltarei amanhã novamente.
E desapareceu como da outra vez.
No dia seguinte, Carlinhos encontrou a resposta no livro de escola e descobriu que Rui Barbosa era dotado de uma memória
privilegiada, acrescida de uma curiosidade intelectual insaciável, seus hábitos da leitura e da escrita foram se incorporando à sua vida de tal maneira que mesmo as horas de lazer eram dedicadas aos livros;
anotava e assinalava verbetes e assuntos, fixava ideias e frases, elaborava bibliografias, tudo que lhe interessasse e de que um dia viesse a precisar. Esse hábito, ele o desenvolveu ao longo da vida;
ajudou a exercitar sua memória e duplicou sua capacidade de trabalho. Quanto mais lia, mais impressionado ficava e, à noite, quando a fada apareceu, Carlinhos a esperava acordado e lhe mostrava o resultado da pesquisa. Muito contente, recebeu os parabéns da fada. A próxima pergunta foi sobre Machado de Assis. Pulou cedo no dia seguinte e, depois da aula, voltou até a biblioteca, onde obteve rapidamente a resposta desejada. Descobriu que Joaquim Maria Machado de Assis era um descendente de
escravos, seu pai trabalhava como pintor de paredes e a mãe, portuguesa, morreu quando ele tinha dez anos. Descobriu também que ele não teve educação formal, pois teve que começar trabalhar cedo para ajudar a família. Aprendeu a falar francês com um padeiro, já alemão e inglês aprendeu estudando sozinho. Achou engraçado, porque, assim como ele, o escritor também tinha uma caligrafia ruim que, às vezes, até ele tinha dificuldade de entender o que escrevia. Ficou perplexo ao saber que Machado de Assis era gago e tinha epilepsia. Como das outras vezes, à noite a fada ouviu sobre a pesquisa. E fez a última pergunta:
– Quem foi Carlos Drummond de Andrade?
De manhã, Carlinhos foi até a biblioteca municipal e, depois de algum tempo, encontrou a resposta. Ficou surpreso ao descobrir que este grande escritor, aos 17 anos, tinha sido expulso do Colégio
Anchieta, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, depois de um desentendimento com o professor de Português. Tinha a mania de picotar papel e tecidos.
Carlinhos aproveitou para pegar emprestados alguns livros na biblioteca, coisa que não fazia há muito tempo. À noite, a fada voltou e, depois de ouvir Carlinhos falar sobre Carlos Drummond de Andrade com entusiasmo que não se via há tempos, despediu-se.
Antes, porém, Carlinhos perguntou-lhe:
– Nossa, como você conseguiu fazer com que eu me interessasse pelos estudos novamente?
– Através destas pesquisas, você deve ter observado que todos tinham algo em comum, a determinação para ter sucesso, revelando acima de tudo sentimentos de medo, depressão e solidão, desinteresse pelas coisas ensinadas de forma comum, mas, e apesar disso, superaram suas dificuldades e conquistaram o mundo! Você só precisava de incentivo. O conhecimento é o pão que alimenta nosso espírito. Estude bastante, dedique-se e será feliz!
Graças à Fada da Luz, Carlinhos estudou muito e se tornou um mestre da Língua Portuguesa. E resolveu escrever um livro sobre um menino que conheceu uma linda fada que iluminou a sua vida.


Meir Almeida Alves Machado nasceu em Ipuã, cidade do interior de São Paulo, no dia 31 de agosto de 1966. Aos 45 anos de idade, publicou seu primeiro livro As aventuras de Samuca e sua turma, pela Biblioteca 24 horas, realizando seu sonho de infância.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Lúcia Já-Vou-Indo – Maria Heloísa Penteado




Lúcia Já-Vou-Indo não sabia andar depressa de maneira nenhuma. Andava devagar, falava devagar, chorava e ria devagarzinho e pensava mais devagar ainda. Muito natural, pois ela era uma lesma.Um dia, Lúcia recebeu um convite para uma festa. Levou o dia inteirinho para ler o bilhete que dizia assim:

"Chispa-Foguinho, a libélula, convida você para uma festa dançante, embaixo do Pé de Maracujá, às oito horas da noite do dia 30 de janeiro. Comes e bebes, muita música, muita alegria, tudo do bom, do melhor e de graça".

Mal acabou de ler, Lúcia já se foi preparando para a festa. Queria se pôr a caminho imediatamente, embora faltasse ainda uma semana.

- Juro que vou chegar na hora! -disse para si mesma. E começou a lembrar as muitas festas que havia perdido por chegar sempre atrasada. Ao aniversário da Maroquinha Cocinela, que era sua vizinha, chegou um dia depois da festa. Ao casamento do grilo João das Pintas com Sarapintada, chegou tão tarde que foi encontrar o casal já com um filhinho.

Nesse instante, o relógio da sala bateu três horas da tarde e Lúcia teve um sobressalto. Pois não é que já perdera duas horas pensando naquelas coisas? E começou a se arrumar afobadamente. Pôs na cabeça uma peruca de cachinhos com um laçarote de fita cor-de-laranja, e com isso perdeu um dia inteirinho.

Encheu uma cesta com brotinhos de alface para ir comendo pelo caminho, e lá se foi mais um dia. Deu corda no relógio para que não parasse na sua ausência e outro dia perdeu. Só faltava fechar a casa e ela perdeu nesse serviço mais um dia. Enfim a molenga se pôs a caminho, tendo exatamente três dias para chegar ao Pé de Maracujá que não era muito longe.

Chegou o dia da festa e ela ainda estava andando. Pelo caminho encontrou muita gente que também ia para lá. Viu dona Içá, com a cinturinha apertada num cinto de fivela de ouro, de braço dado com o marido de camisa listada e boné. Viu Lili Taturana toda besuntada de brilhantina para que seus pelinhos não ficassem arrepiados. Viu Zé Caramujo de cachecol xadrez enrolado no pescoço. Viu as formiguinhas Quem-Quem numa longa fila, comportadas e quietinhas como meninas de orfanato a passeio num domingo.

Viu abelhas, besouros, pernilongos, vespas e mil outros bichinhos. Todos passavam por ela e sumiam ao longe.

- Depressa, Lúcia, assim você não chega! - diziam de passagem.

E ela respondia mastigando devagarzinho um brotinho de alface:

- Já vou indo... Já vou indo... - e se esforçava, pensando que estava andando um bocadinho mais depressa.

Enfim, ela começou a ouvir a orquestra das cigarras. Estou pertinho, pensou. Mais algumas horas e estou lá. E seu entusiasmo era tamanho que até conseguiu, de fato, andar um pouquinho mais depressa.

- Olha a pedra no caminho! - gritou nesse instante João Barata do Mato, que também ia indo para a festa.

Aviso inútil, porque Lúcia Já-Vou-Indo a viu muito bem. Era a Maria Redonda, uma pedra perversa que gostava de pregar peças nos outros.Ficava sempre no meio do caminho, de propósito, para que tropeçassem nela e caíssem. Então ria de se sacudir toda.

Eu vou me desviar dela, pensou a lesminha. Mas a coitada pensava mais devagar ainda do que andava. Por isso não teve tempo de se desviar. Tropeçou e caiu. Mas não se machucou porque caiu muito devagarinho.. tão devagarinho que a pedra nem achou graça.

Lúcia levantou-se, arrumou a peruca que se havia entortado na cabeça e foi buscar a cestinha que havia rolado longe. Nisso, perdeu um dia e mais outro.

Quando chegou ao Pé de Maracujá, não havia mais nem sinal da festa, a tão esperada, comentada e suspirada festa. ­Quem achou graça no caso, foi o Pé de Maracujá. Começou a bater uma folha na outra e a cantar assim:

 

"A Lúcia Já-Vou-Indo Vinha vindo, vinha vindo,

Tropeçou numa pedrinha, Foi caindo, foi caindo!"

 

Mas Lúcia não achou graça nenhuma. Chorou muito o seu chorinho vagaroso de lesma: uma lágrima por hora, um soluço a cada meia hora.

Chorou, chorou, mas seu choro manso não conseguiu acordar a libélula Chispa-Foguinho que dormia cansada da festa. Ela só escutou o chorinho da lesma no outro dia, quando acordou.

- O que será isso? - a libélula disse e foi espiar. Viu a pobre Lúcia chorando, compreendeu tudo e ficou morrendo de pena. Foi buscar uns docinhos que sobraram da festa e ofereceu-os a Lúcia.

Conversou bastante com ela para ver se a consolava, e nada. Lúcia Já-Vou-Indo continuava com o seu choro em câmara lenta e depressa a libélula se cansou. Numa última tentativa, ela disse:

- Sabe, Lúcia, quem vai dar uma festa agora é você. Sendo a festa na sua casa, é impossível você chegar atrasada.

A lesminha ficou pensando naquilo e, como pensava muito devagar, a libélula chamou as irmãs e, ligeiras como foguetinhos, foram à casa de Lúcia, prepararam tudo e distribuíram os convites.

 

Credo! A família da libélula era toda elétrica. Zás-trás e tudo ficou pronto. Só faltava colocar a Lúcia dentro de casa para receber os convidados.

Enquanto isso, Lúcia Já-Vou-Indo, que já tinha acabado de pensar e estava encantada com a idéia, vinha vindo o mais depressa que podia. Talvez, dentro de alguns dias ­se não tropeçasse outra vez na pedra Maria Redonda estivesse em casa.

E a libélula Chispa-Foguinho tinha agora um problema: os convidados já estavam chegando e a festa não podia começar porque a dona da casa estava fora. Como trazer Lúcia o mais depressa possível? ".

Cric!... A libélula deu um estalinho. Já descobrira a solução. Num abrir e fechar de olhos, explicou tudo às irmãs e foram buscar a Lúcia.

Puseram a molenga em cima de uma folha de capim e vieram voando trazendo a folha pelos ares. Danadas como elas só, em dois minutos a lesma estava em casa. Isso, apesar de ter caído da folha três vezes.

Foi assim que ,oh maravilha! Pela primeira vez na vida, Lúcia já vou indo assistiu a uma festa inteirinha, do começo ao fim.

 

 

FONTE: http://mariamachado.blog.com/index.php/2011/02/06/ginastica-historiada/

sábado, 21 de setembro de 2013

LANÇAMENTO LIVRO INFANTIL- "As Aventuras de Aninha"-Ed. Paginas & Letras

LANÇAMENTO LIVRO INFANTIL
“AS AVENTURAS DE ANINHA-  A Casa do João de Barro e seus filhotes”
Coordenado pela professora Susete Mendes, obra infantil produzida coletivamente por alunas do Curso de Pedagogia EAD - Uniararas
Sinopse
O presente trabalho é a expressão escrita de uma das atividades desenvolvida nas aulas que a Professora Susete Mendes vem ministrando, com sua experiência no Curso de Pedagogia EAD. Foi registrado como uma coleção “As aventuras de Aninha”. Este primeiro volume conta a história do João de Barro e seus filhotes.
 

Acompanha o livro, uma sacolinha e fantoche de um dos personagens da história.
Valor R$ 20,00 - pedidos podem ser feito pelo e-mail: suse.mendes@hotmail.com

ou pelo telefone (011) 3912 7714 - Lilian Mendes