sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pus o meu sonho num navio -Cecília Meireles

 
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas
.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

HOMEM COMUM- Philip Roth.



O Romance se inicia com um funeral. Os que amavam e até mesmo os que desprezavam se reúnem no enterro deste personagem sem nome. Um homem comum desesperado desde cedo pela inevitabilidade da morte. Publicitário, divorciado três vezes, pai odiado por seus dois filhos do primeiro casamento e amado pela filha favorita. Roth tem uma capacidade impressionante de condensar tanto significado em pouco mais de cem páginas, ainda expõe de maneira implacável a dor, o medo e a vulnerabilidade.

 






Sugestão de leitura by Rômulo Lopes


Profundo e potente”. Um abismo negro e periclitante. O Homem Comum - Philip Roth. "Não contava aos filhos nada a respeito da série de internações que sofrera, para não despertar neles uma satisfação vingativa".

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SARAU COM OS AMIGOS DA LILIKA - 09 DE NOVEMBRO

Um sarau(do latimseranus, através do galego serao) é um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente.


Um sarau pode envolver dança,poesia, leitura de livros,músicaacústica e também outras formas de arte como pintura,teatro e comidas típicas. Evento bastante comum no século XIX que vem sendo redescoberto por seu caráter de inovação, descontração e satisfação.

LÁ NA CASA DA LILIKA... 
                                                                   SÓ SEI QUE FOI ASSIM...





 




 

domingo, 10 de novembro de 2013

Os filhos da Meia Noite - Salman Rushdie

“E são tantas as histórias para contar, tantas, até demais, um excesso de vidas, acontecimentos, milagres, lugares e boatos entrelaçados, uma mistura tão densa do improvável e do mundano…" (Salman Rushdie, no livro Os filhos da Meia Noite)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Flor do Cemitério


 Crianças que estudavam próximas ao cemitério, iam caminhando de volta pra casa. Mas uma menina na faixa etária de uns 7 ou 8 anos, tinha a mania de querer estudar dentro do cemitério, ela não tinha medo, ia sozinha, achava até legal, pois não tinha barulho e ela se concentrava mais em seus estudos. Mas um dia antes de ela ir embora para casa, agachou-se e pegou uma florzinha.
No dia seguinte, o telefone tocou, e sua mãe pediu que ela atendesse o telefone, e no fundo saía uma voz, baixa e sussurrando: Devolva a minha florzinha, Devolva! A menina assustada começou a chorar. Os telefonemas persistiam, até a sua mãe já havia escutado e dizia para a pessoa que estivesse fazendo isso parar. A mãe foi na escola conversar com professores e alunos, para saber se alguém, estava fazendo alguma brincadeira, mas não houve respostas para os telefonemas, que continuavam a persistir, naquela época não tinha bina, mas a polícia foi investigar e o telefone dava como inexistente. A menina já estava fraca, não se alimentava, adoeceu, não resistiu às pressões e faleceu. Até hoje não existiram explicações para este caso.

Quando for visitar o cemitério, não roube  florzinhas, ou melhor nenhum objeto,isso pode acontecer com você...
 

fonte: http://lendasurbanasdearrepiar.webnode.com.br/a-flor-do-cemiterio/


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CRENDICES E SUPERSTIÇÕES COM A MORTE


• Quando morre uma pessoa, deve-se abrir todas as portas para a alma sair. Fecham-se porém os fundos da casa. A alma deve sair pela frente. A casa não deve ser fechada antes de sete dias pois o fel (as vísceras) do defunto só se arrebentará nesse prazo. Então a alma vai para o seu lugar. A novena de defunto é para a alma ir para onde foi destinada.
• Não se deve chorar a morte de um anjinho, pois as lágrimas molharão as suas asas e ele não alcançará o
céu
.

• Quando numa procissão, o pálio para defronte de alguma porta de uma casa, é presságio de morte de alguma pessoa dessa casa, porque o pálio para sempre defronte às janelas.

• Homem velho que muda de casa, morre logo.

• Quando a pessoa tem um tremor, é porque a morte passou por perto dela. Deve-se bater na pessoa que está próxima e dizer: sai morte, que estou bem forte.

• Acender os cigarros de três pessoas com um fósforo só, provoca a morte da terceira pessoa.
Outra versão: morrerá a mais moça dos três fumantes.

• Derrubar tinta é prenúncio de morte.

• Quando várias pessoas estão conversando e param repentinamente, é que algum padre morreu.

• Perder pedra de anel é prenúncio de morte de pessoa da família.

• Quando uma pessoa vai para a mesa de operação, não deve levar nenhum objeto de ouro, pois se tal acontecer, morre na certa.

• Não presta tirar fotografia, sendo três pessoas, pois morre a que está no centro.

• Doente que troca de cama, morrerá na certa.
Outra versão: não morrerá.

• Não se deve deitar no chão limpo, pois isso chama a morte para uma pessoa da família.

• Quando pessoas vão caçar ou pescar, nunca devem ir em número de três, pois uma será picada por cobra e morrerá na certa.

• Quem come o último bocado morre solteiro.

• Se acontece de se ouvir barulho à noite, em casa, é que a morte está se aproximando.

• Quando morre uma pessoa idosa, morre logo um anjo seu parente (criança) para levar aquela para o céu.

• Defunto que está com braços duros, amolece-os se pedir que assim faça.

• Defunto que fica com o corpo mole é indício de que um seu parente o segue na morte.

• Quando o defunto fica com os olhos abertos é porque logo outro da família o seguirá.

• Não se deve beijar os pés de defunto, pois logo se irá atrás dele, morrendo também.

• Na hora da morte, fazer o agonizante segurar uma vela para alumiar o caminho que vai seguir.

• Em mortalha, a linha não deve ter nó.

• Água benta ou alcânfora temperada na pinga joga-se com um galho de alecrim, sobre o defunto.

• Quando uma pessoa jogar terra sobre o defunto na cova, deve pedir ao mesmo que lhe arranje um bom lugar no além. Se ele for para um bom lugar, arranjará; se para um mau quem pede está azarado. Bom é pedir lugar para o cadáver de um anjinho, pois este sempre vai para um bom lugar.

• Não se deve trazer terra do cemitério quando se volta de um enterro, pois ela traz a morte para a casa.

• A pessoa que apaga as velas após a saída do enterro morrerá logo. É bom colocar perto do caixão do defunto um copo d’água benta.

• Não presta ver muitos enterros, pois com isso se chama a morte para si.

• Quando passa um enterro, não se deve atravessar o acompanhamento, pois isso traz a morte para pessoas da família. Bom é acompanhar o enterro.

• Não presta acender só três velas para defunto; deve-se acender quatro.

(Araújo, Alceu Maynard. Folclore nacional, São Paulo, Edições Melhoramentos. v. 1)

sábado, 26 de outubro de 2013

As gordinhas charmosas

A obesidade pode até ser uma doença, mas se torna Extra Grande quando é preconceituosa.
                                                                                                                        
A tela é de uma pintora africana, nascida em Johannesburg, sul da África. Sua pintura é harmoniosa.
 Abaixo um texto bem interessante e telas de gordinhas pra lá de charmosas!










 
"Podem me chamar de gordinha, gorda, redonda, gorducha, eu não ligo, sou assim mesmo dona de uma circunferência perfeita, talvez seja por isso que os homens corram atrás de mim, sou assumidamente roliça, os homens me adoram, os poucos que não gostam de mim é porque não me conhecem direito, sou tudo de bom, eu enfeitiço e sou cobiçada, a maioria dos homens sabem lidar comigo, sabem me tratar bem, há aqueles que me maltratam, mas com um pouco de esforço faço logo eles mudarem de ideia, sou gorduchinha de verdade, não me importo com o que vocês mulheres dizem de mim, pois sei que muitos namorados e maridos vêm atrás de mim, por minha causa já fiz muitos casais brigarem, causo reboliço, desperto vontades, paixões, tenho algo que os homens encontram em mim, não sei o que é, a me ver simplesmente eles piram, sou fofa e muito amada, aposto que você gostaria de saber quem eu sou, pois vou dizer, não sem antes dizer mais uma vez, sou fofinha, gorduchinha, redondinha, eu sou a bola de futebol. "

Se você achou que a gordinha em questão era uma mulher convencida, se achando o máximo errou feio, apesar da tendência para o humor o texto serve para um breve questionamento; por que uma mulher acima do peso não poderia seduzir e atrair os homens? Talvez porque hoje possuímos uma visão sobre imagem e padrões impostos pelos meios formadores de opinião.

Faço algumas perguntas para serem refletidas por vocês leitores.

Por que temos que ter as mesmas características das figuras da mídia?

Por que não aceitamos como as pessoas são?

Você se encaixa nos padrões estabelecidos? Se sim tudo bem, se não, por que esforçar se para seguir o que está ditadura ordena?

 

Augustin Kassi é africano. Nasceu em 1966, Assoumoukro, Costa do Marfim. Em suas pinturas costuma homenagear as formas volumosas de mulheres africanas. Em entrevista ao jornal BBC em 18 de maio de 2012, disse: “Eu queria lutar por essas mulheres que foram criticadas e até feitas prisioneiras da ideia de que não eram bonitas.”. Infelizmente não encontrei o título da tela, caso alguém saiba, favor postar no comentário abaixo. Gostei da tela! A mulher é  gorda e vaidosa, não deixa de passar maquiagem, usar acessórios, se produzir.

 

Seja o que você for, mas sempre seja você mesmo!

 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Contos Africanos


Os Griots
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Depois de um bom jantar, com a lua brilhando, as pessoas de uma aldeia na África antiga podem ouvir o som de um tambor, chocalho, e uma voz que gritava: "Vamos ouvir, vamos ouvir!" Esses foram os sons do griot, o contador de histórias.

Quando eles ouviram o chamado, as crianças sabiam que estavam indo para ouvir uma história maravilhosa, com música e dança e música! Talvez hoje a história seria sobre Anansi, a aranha. Todo mundo adorava Anansi. Anansi podia tecer as teias mais bonitas. Ele foi quem ensinou o povo de Gana como tecer o pano de lama bonito. Anansi teve uma boa esposa, filhos fortes, e muitos amigos. Ele entrou em muita confusão, e usou sua inteligência e poder do humor de escapar.

Houve outras histórias que o povo gostava de ouvir mais e mais. Algumas histórias eram sobre a história da tribo. Alguns eram grandes guerras e batalhas. Algumas eram sobre a vida cotidiana. Não havia linguagem escrita na África antiga. Os narradores acompanhavam a história do povo.

Havia geralmente apenas um contador de histórias por aldeia. Se uma vila tentava roubar um contador de histórias de outra aldeia, era motivo de guerra! Os contadores de histórias foram importantes. Os griots não eram as únicas pessoas que podiam contar uma história. Qualquer um poderia gritar: "Vamos ouvir, vamos ouvir!" Mas os griots eram os "oficiais" contadores de histórias. O griot aldeia não tem que trabalhar nos campos. Sua tarefa era contar histórias.

Mil anos mais tarde, novas histórias sobre novos triunfos e novas aventuras ainda estão sendo informados pela aldeia pelos Griots.
Fonte: http://africa.mrdonn.org/fables.html

♥♥♥
 
Ananse
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Ananse, ou Anansi, é uma lenda africana. Conta um caso interessante, no qual no mundo antigo não havia histórias e por isso viver aqui era muito triste.

Houve um tempo em que na Terra não havia histórias para se contar, pois todas pertenciam a Nyame, o Deus do Céu. Kwaku Ananse, o Homem Aranha, queria comprar as histórias de Nyame, o Deus do Céu, para contar ao povo de sua aldeia, então por isso um dia, ele teceu uma imensa teia de prata que ia do céu até o chão e por ela subiu.

Quando Nyame ouviu Ananse dizer que queria comprar as suas histórias, ele riu muito e falou: - O preço de minhas histórias, Ananse, é que você me traga Osebo, o leopardo de dentes terríveis; Mmboro os marimbondos que picam como fogo e Moatia a fada que nenhum homem viu.

Ele pensava que com isso, faria Ananse desistir da idéia, mas ele apenas respondeu: - Pagarei seu preço com prazer, ainda lhe trago Ianysiá, minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Novamente o Deus do Céu riu muito e falou: - Ora Ananse, como pode um velho fraco como você, tão pequeno, tão pequeno, pagar o meu preço?

Mas Ananse nada respondeu, apenas desceu por sua teia de prata que ia do Céu até o chão para pegar as coisas que Deus exigia. Ele correu por toda a selva até que encontrou Osebo, leopardo de dentes terríveis. - Aha, Ananse! Você chegou na hora certa para ser o meu almoço. - O que tiver de ser será - disse Ananse - Mas primeiro vamos brincar do jogo de amarrar? O leopardo que adorava jogos, logo se interessou: - Como se joga este jogo? - Com cipós, eu amarro você pelo pé com o cipó, depois desamarro, aí, é a sua vez de me amarrar. Ganha quem amarrar e desamarrar mais depressa. - disse Ananse. - Muito bem, rosnou o leopardo que planejava devorar o Homem Aranha assim que o amarrasse.

Ananse, então, amarrou Osebo pelo pé, pelo pé e pelo pé, e quando ele estava bem preso, pendurou-o amarrado a uma árvore dizendo: - Agora Osebo, você está pronto para encontrar Nyame o Deus do Céu.

Aí, Ananse cortou uma folha de bananeira, encheu uma cabaça com água e atravessou o mato alto até a casa de Mmboro. Lá chegando, colocou a folha de bananeira sobre sua cabeça, derramou um pouco de água sobre si, e o resto sobre a casa de Mmboro dizendo: - Está chovendo, chovendo, chovendo, vocês não gostariam de entrar na minha cabaça para que a chuva não estrague suas asas? - Muito obrigado, Muito obrigado!, zumbiram os marimbondos entrando para dentro da cabaça que Ananse tampou rapidamente.

O Homem Aranha, então, pendurou a cabaça na árvore junto a Osebo dizendo: - Agora Mmboro, você está pronto para encontrar Nyame, o Deus do Céu.

Depois, ele esculpiu uma boneca de madeira, cobriu-a de cola da cabeça aos pés, e colocou-a aos pés de um flamboyant onde as fadas costumam dançar. À sua frente, colocou uma tigela de inhame assado, amarrou a ponta de um cipó em sua cabeça, e foi se esconder atrás de um arbusto próximo, segurando a outra ponta do cipó e esperou. Minutos depois chegou Moatia, a fada que nenhum homem viu. Ela veio dançando, dançando, dançando, como só as fadas africanas sabem dançar, até aos pés do flamboyant. Lá, ela avistou a boneca e a tigela de inhame. - Bebê de borracha. Estou com tanta fome, poderia dar-me um pouco de seu inhame?

Ananse puxou a sua ponta do cipó para que parecesse que a boneca dizia sim com a cabeça, a fada, então, comeu tudo, depois agradeceu: - Muito obrigada bebê de borracha.

Mas a boneca nada respondeu, a fada, então, ameaçou: - Bebê de borracha, se você não me responde, eu vou te bater.

E como a boneca continuasse parada, deu-lhe um tapa ficando com sua mão presa na sua bochecha cheia de cola. Mais irritada ainda, a fada ameaçou de novo: - Bebê de borracha, se você não me responde, eu vou lhe dar outro tapa."

E como a boneca continuasse parada, deu-lhe um tapa ficando agora, com as duas mãos presas. Mais irritada ainda, a fada tentou livrar-se com os pés, mas eles também ficaram presos. Ananse então, saiu de trás do arbusto, carregou a fada até a árvore onde estavam Osebo e Mmboro dizendo: - Agora Mmoatia, você está pronta para encontrar Nyame o Deus do Céu.

Aí, ele foi a casa de Ianysiá sua velha mãe, sexta filha de sua avó e disse: - Ianysiá venha comigo vou dá-la a Nyame em troca de suas histórias.

Depois, ele teceu uma imensa teia de prata em volta do leopardo, dos marimbondos e da fada, e uma outra que ia do chão até o Céu e por ela subiu carregando seus tesouros até os pés do trono de Nyame. - Ave Nyame! - disse ele -Aqui está o preço que você pede por suas histórias: Osebo, o leopardo de dentes terríveis, Mmboro, os marimbondos que picam como fogo e Moatia a fada que nenhum homem viu. Ainda lhe trouxe Ianysiá minha velha mãe, sexta filha de minha avó.

Nyame ficou maravilhado, e chamou todos de sua corte dizendo: - O pequeno Ananse, trouxe o preço que peço por minhas histórias, de hoje em diante, e para sempre, elas pertencem a Ananse e serão chamadas de histórias do Homem Aranha! Cantem em seu louvor!

Ananse, maravilhado, desceu por sua teia de prata levando consigo o baú das histórias até o povo de sua aldeia, e quando ele abriu o baú, as histórias se espalharam pelos quatro cantos do mundo vindo chegar até aqui.
♥♥♥


Lenda do tambor africano
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Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua.

Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar.

A Lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio.
O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido.
Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA EFI NA EMEF PROFª MARILI DIAS

    O GRUPO," A TURMA DA ANINHA" ,conta histórias na EMEF Professora Marili Dias
A presente apresentação é resultado  de um minicurso direcionado a recém formadas em Pedagogia( Fundação Herminio Ometto-Uniararas - U.E. Morro Doce - São Paulo - SP) interessadas em enriquecer sua prática pedagógica, que teve como foco a importância da contação de histórias no contexto escolar  para o desenvolvimento das crianças como um todo, visando apresentar algumas habilidades e técnicas necessárias a um bom contador de histórias . As educadoras receberam orientação desde escolha da narrativa mais adequada à situação educativa até as diferentes estratégias utilizadas numa boa roda de história.  (PROFESSORA SUSETE MENDES)

“É evidente que a utilização desse recurso como auxiliar da prática pedagógica potencializa o aprendizado e contribui para o desenvolvimento da personalidade dos alunos de maneira significativa” (Professora Priscila Cardoso )

“A experiência  como contadora de histórias, mostrou-me que além dos conhecimentos das diferentes técnicas e escolha das narrativas, um dos principais ingredientes para uma boa contação é contar com nosso coração e contagiar o público com nosso entusiasmo.”(Professora Lilian Mendes)
 
As contadoras são autoras da obra "AS AVENTURAS DE ANINHA"- A casa do João de Barro e seus filhotes -Editora Paginas & letras
 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Poeminhas para crianças

OU ISTO OU AQUILO
Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
Ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
Ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
Estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
Qual é melhor: se é isto ou aquilo.


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Para Guardar a Infância
Roseana Murray

Atenção: Compro gavetas,
armários, cômodas e baús.
Preciso guardar minha infância:
os jogos da amarelinha,
os segredos que me contaram
lá no fundo do quintal.

Preciso guardar minhas lembranças:
as viagens que não fiz,
ciranda, cirandinha
e o gosto de aventura
que havia nas manhãs.

Preciso guardar meus talismãs:
o anel que tu me deste,
o amor que tu me tinhas
e as histórias que eu vivi...

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Pontinho de Vista
Pedro Bandeira

Eu sou pequeno, me dizem,
e fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
com o queixo levantado.
Mas se formiga falasse,
e me visse lá do chão,
ia dizer com certeza:
"Minha nossa, que grandão!"