Surgiu daí o termo “serendipitia” que significa: “descobrir coisas úteis, por acaso; encontrar aplicações de forma imprevista” .
A vida nos reserva toda uma infinidade de “serendipitias”, porque nos coloca em determinadas situações em busca de certos objetivos e por fim, atingindo ou não a intenção inicial, acabamos nos defrontando com novos aprendizados, experiências e vivências, muitas vezes mais importantes e decisivas que o primeiro objetivo. Porém, para que isso ocorra, é preciso que nossa percepção esteja aberta. Que nosso ser seja capaz de perceber a riqueza dos objetivos secundários (imprevistos). Que o foco excessivo no objetivo inicial não seja ofuscante a ponto de impedir nossa evolução no rico contexto em que estamos inseridos.
Os sutis sinais que surgem, muitas vezes nos passam desapercebidos, pois estamos tão centrados em algo que perdemos a oportunidades de sentir, perceber e avaliar a riqueza do contexto à nossa volta. À medida que amadurecemos, tendemos a nos tornar mais sensíveis, atentos e perceptivos aos sinais, mas isso não está necessariamente ligado à idade, mas sim ao amadurecimento. Daí a relação com a complexidade da vida.
Dar oportunidade para o inesperado tem sido algo que por vezes tem me trazido gratas surpresas em minha atuação como professor. Devido a algo inesperado, acabo percebendo que meu plano de aula perdeu efetividade e me vejo obrigado a improvisar. Nem sempre dá certo, mas quando dá, é porque aparece algo – seja um aluno, um assunto ou uma situação – que dá início ao improviso e a riqueza e envolvimento dos envolvidos trazem muito mais resultado do que a aula planejada inicialmente, mesmo que tudo se direcione para um caminho ou conteúdo não previsto.
Fonte: Wikipedia
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