sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
HISTÓRIA DO NATAL
Origem do Natal
Natal (com inicial maiúscula) é o nome da
festa religiosa cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo, a
figura central do Cristianismo. O dia de Natal, 25 de dezembro, foi
estipulado pela Igreja Católica no ano de 350 através do Papa Julio I,
sendo mais tarde oficializado como feriado. A Bíblia não diz nada sobre o
dia exato em que Jesus nasceu e por isso a comemoração do Natal não
fazia parte das tradições cristãs no início. O Natal começou a ser
celebrado para substituir a festa pagã da Saturnália, que por tradição
acontecia entre 17 e 25 de dezembro. A comemoração do Natal em
substituição da Saturnália foi uma tentativa de facilitar a aceitação do
cristianismo entre os pagãos.
História do Natal
A
história do Natal está descrita na Bíblia, nos evangelhos de Mateus e
Lucas. De acordo com a história do Natal descrita na Bíblia, Jesus
nasceu em Belém, em um estábulo.

FONTE:http://www.significados.com.br/
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Que seja…
Se for para esquentar, que seja o sol;
Se for para enganar, que seja o estômago;
Se for para chorar, que seja de alegria;
Se for para mentir, que seja a idade;
Se for para roubar,que se roube um beijo;
Se for para perder,que seja o medo;
Se for para cair,que seja na gandaia;
Se existir guerra, que seja de travesseiros;
Se existir fome,que seja de amor;
Se for para ser feliz, que seja o tempo todo!!
*autor desconhecido
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Casa Arrumada - Lena Gino
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas,
que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte
e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas,
que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte
e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
domingo, 8 de dezembro de 2013
ESPERAR? Fabio Augusto Machado
ESPERAR?
(Fabio Augusto Machado)
Esperar, esperar e esperar...
Que vantagem isso pode trazer?
É preciso agir, fazer acontecer!
Se não depois, vai se arrepender!
Esperar é uma arte!
Que requer dedicação....
Mas agir é a melhor parte!
Se não, espere frustração...
Esperar... Espero!
Nada ocorre, então me desespero!
Mas e a fé em Deus, como fica?
Então eu oro, peço e aguardo...
Mas se as sementes não plantei,
então responda: O que colherei?
Não basta plantar,
é preciso regar!
Confie em Deus,
e Ele fará prosperar!
Já plantou? Já Regou?
Então agora, é esperar...
(Fabio Augusto Machado)
Esperar, esperar e esperar...
Que vantagem isso pode trazer?
É preciso agir, fazer acontecer!
Se não depois, vai se arrepender!
Esperar é uma arte!
Que requer dedicação....
Mas agir é a melhor parte!
Se não, espere frustração...
Esperar... Espero!
Nada ocorre, então me desespero!
Mas e a fé em Deus, como fica?
Então eu oro, peço e aguardo...
Mas se as sementes não plantei,
então responda: O que colherei?
Não basta plantar,
é preciso regar!
Confie em Deus,
e Ele fará prosperar!
Já plantou? Já Regou?
Então agora, é esperar...
Fabio Machado
Professor de Geografia, Mágico e poeta.
Toda este talento na nossa escola EMEF Professora Marili Dias
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
O velho do Oásis
Há uma popular lenda do Próximo Oriente, que
um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um
velho, perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoas vivem neste lugar?
- Que tipo de pessoas viviam no lugar de onde
veio? - perguntou por sua vez o ancião.
- Oh, um grupo de egoístas e perversos -
replicou o rapaz - estou satisfeito de ter saído de lá.
- A mesma coisa haverá de encontrar por aqui
- replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do
oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoas vivem por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoas viviam no lugar de onde
você veio?
O rapaz respondeu:
- Eram pessoas maravilhosas, amigas,
honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
- O mesmo encontrará por aqui - respondeu o
ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas
perguntou ao velho:
- Como é possível dar respostas tão
diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
- Cada um carrega no seu coração o meio
ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde
passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos
ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a
única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.
Para onde nós formos, levaremos os nossos
pensamentos.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Conto de Natal - Rubem Braga

Sem dizer uma palavra, o homem deixou a estrada andou alguns metros no pasto e se deteve um instante diante da cerca de arame farpado. A mulher seguiu-o sem compreender, puxando pela mão o menino de seis anos.
— Que é?
O homem apontou uma árvore do outro lado da cerca. Curvou-se, afastou dois fios de arame e passou. O menino preferiu passar deitado, mas uma ponta de arame o segurou pela camisa. O pai agachou-se zangado:
— Porcaria...
Tirou o espinho de arame da camisinha de algodão e o moleque escorregou para o outro lado. Agora era preciso passar a mulher. O homem olhou-a um momento do outro lado da cerca e procurou depois com os olhos um lugar em que houvesse um arame arrebentado ou dois fios mais afastados.
— Péra aí...
Andou para um lado e outro e afinal chamou a mulher. Ela foi devagar, o suor correndo pela cara mulata, os passos lerdos sob a enorme barriga de 8 ou 9 meses.
— Vamos ver aqui...
Com esforço ele afrouxou o arame do meio e puxou-o para cima.
Com o dedo grande do pé fez descer bastante o de baixo.
Ela curvou-se e fez um esforço para erguer a perna direita e passá-la para o outro lado da cerca. Mas caiu sentada num torrão de cupim!
— Mulher!
Passando os braços para o outro lado da cerca o homem ajudou-a a levantar-se. Depois passou a mão pela testa e pelo cabelo empapado de suor.
— Péra aí...
Arranjou afinal um lugar melhor, e a mulher passou de quatro, com dificuldade. Caminharam até a árvore, a única que havia no pasto, e sentaram-se no chão, à sombra, calados.
O sol ardia sobre o pasto maltratado e secava os lameirões da estrada torta. O calor abafava, e não havia nem um sopro de brisa para mexer uma folha.
De tardinha seguiram caminho, e ele calculou que deviam faltar umas duas léguas e meia para a fazenda da Boa Vista quando ela disse que não agüentava mais andar. E pensou em voltar até o sítio de «seu» Anacleto.
— Não...
Ficaram parados os três, sem saber o que fazer, quando começaram a cair uns pingos grossos de chuva. O menino choramingava.
— Eh, mulher...
Ela não podia andar e passava a mão pela barriga enorme. Ouviram então o guincho de um carro de bois.
— Oh, graças a Deus...
Às 7 horas da noite, chegaram com os trapos encharcados de chuva a uma fazendinha. O temporal pegou-os na estrada e entre os trovões e relâmpagos a mulher dava gritos de dor.
— Vai ser hoje, Faustino, Deus me acuda, vai ser hoje.
O carreiro morava numa casinha de sapé, do outro lado da várzea. A casa do fazendeiro estava fechada, pois o capitão tinha ido para a cidade há dois dias.
— Eu acho que o jeito...
O carreiro apontou a estrebaria. A pequena família se arranjou lá de qualquer jeito junto de uma vaca e um burro.
No dia seguinte de manhã o carreiro voltou. Disse que tinha ido pedir uma ajuda de noite na casa de “siá” Tomásia, mas “siá” Tomásia tinha ido à festa na Fazenda de Santo Antônio. E ele não tinha nem querosene para uma lamparina, mesmo se tivesse não sabia ajudar nada. Trazia quatro broas velhas e uma lata com café.
Faustino agradeceu a boa-vontade. O menino tinha nascido. O carreiro deu uma espiada, mas não se via nem a cara do bichinho que estava embrulhado nuns trapos sobre um monte de capim cortado, ao lado da mãe adormecida.
— Eu de lá ouvi os gritos. Ô Natal desgraçado!
— Natal?
Com a pergunta de Faustino a mulher acordou.
— Olhe, mulher, hoje é dia de Natal. Eu nem me lembrava...
Ela fez um sinal com a cabeça: sabia. Faustino de repente riu. Há muitos dias não ria, desde que tivera a questão com o Coronel Desidério que acabara mandando embora ele e mais dois colonos. Riu muito, mostrando os dentes pretos de fumo:
— Eh, mulher, então “vâmo” botar o nome de Jesus Cristo!
A mulher não achou graça. Fez uma careta e penosamente voltou a cabeça para um lado, cerrando os olhos. O menino de seis anos tentava comer a broa dura e estava mexendo no embrulho de trapos:
— Eh, pai, vem vê...
— Uai! Péra aí...
O menino Jesus Cristo estava morto.
Texto extraído do livro "Nós e o Natal", Artes Gráficas Gomes de Souza - Rio de Janeiro, 1964, pág. 39.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos…
_ Bom dia – disse a raposa.
Mas a raposa retornou ao seu raciocínio.
_ Por favor… Cativa-me! – disse ela.
[...]
_ Adeus… – disse ele.
_ Bom dia – respondeu educadamente o pequeno príncipe, que, olhando a sua volta, nada viu.
_ Eu estou aqui – disse a voz, debaixo da macieira…
_ Quem és tu? – perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita…
_ Sou uma raposa – disse a raposa.
_ Vem brincar comigo – propôs ele. – Estou tão triste…
_ Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
_ Ah! Desculpa – disse o principezinho. – Que quer dizer “cativar”?
[...]_ Quem és tu? – perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita…
_ Sou uma raposa – disse a raposa.
_ Vem brincar comigo – propôs ele. – Estou tão triste…
_ Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
_ Ah! Desculpa – disse o principezinho. – Que quer dizer “cativar”?
_ É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
_ Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor… Eu creio que ela me cativou…
[...]Mas a raposa retornou ao seu raciocínio.
_ Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. E isso me incomoda um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música…
A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:_ Por favor… Cativa-me! – disse ela.
_ Eu até gostaria – disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
_ A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. – Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
_ Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.
_ É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto…
No dia seguinte o príncipe voltou.
_Teria sido melhor se voltasses à mesma hora – disse a raposa. – Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
Mas seu tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração…
Assim o pequeno príncipe cativou a raposa.[...]
_ Vai rever as rosas – disse a raposa. – Assim, compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.
O pequeno príncipe foi rever as rosas:
_ Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E voltou, então, à raposa:_ Adeus… – disse ele.
_ Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
_ O essencial é invisível aos olhos – repetiu o principezinho, para não esquecer.
_ Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
_ Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… – repetiu ele, para não esquecer.
_ Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
_ Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… – repetiu ele, para não esquecer.
_ Os homens esqueceram essa verdade – disse ainda a raposa. – Mas tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa…
_ Eu sou responsável pela minha rosa… – repetiu o principezinho, para não esquecer.
[O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry]sábado, 23 de novembro de 2013
TODAS AS CARTAS DE AMOR SÃO RIDÍCULAS
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente Ridículas.)
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente Ridículas.)
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Pus o meu sonho num navio -Cecília Meireles
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
HOMEM COMUM- Philip Roth.
O Romance se inicia com um
funeral. Os que amavam e até mesmo os que desprezavam se reúnem no enterro
deste personagem sem nome. Um homem comum desesperado desde cedo pela
inevitabilidade da morte. Publicitário, divorciado três vezes, pai odiado por seus
dois filhos do primeiro casamento e amado pela filha favorita. Roth tem uma
capacidade impressionante de condensar tanto significado em pouco mais de cem
páginas, ainda expõe de maneira implacável a dor, o medo e a vulnerabilidade.
Sugestão de leitura by Rômulo Lopes
“Profundo e potente”. Um abismo negro e
periclitante. O Homem Comum - Philip Roth. "Não contava aos filhos nada a
respeito da série de internações que sofrera, para não despertar neles uma satisfação
vingativa".
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
SARAU COM OS AMIGOS DA LILIKA - 09 DE NOVEMBRO

Um sarau pode envolver dança,poesia, leitura de livros,músicaacústica e também outras formas de arte como pintura,teatro e comidas típicas. Evento bastante comum no século XIX que vem sendo redescoberto por seu caráter de inovação, descontração e satisfação.
LÁ NA CASA DA LILIKA...
SÓ SEI QUE FOI ASSIM...
SÓ SEI QUE FOI ASSIM...
domingo, 10 de novembro de 2013
Os filhos da Meia Noite - Salman Rushdie

“E são tantas as histórias para contar, tantas, até demais, um excesso de vidas, acontecimentos, milagres, lugares e boatos entrelaçados, uma mistura tão densa do improvável e do mundano…" (Salman Rushdie, no livro Os filhos da Meia Noite)
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A Flor do Cemitério
Crianças que estudavam próximas ao cemitério, iam
caminhando de volta pra casa. Mas uma menina na faixa etária de uns 7 ou 8
anos, tinha a mania de querer estudar dentro do cemitério, ela não tinha medo,
ia sozinha, achava até legal, pois não tinha barulho e ela se concentrava mais
em seus estudos. Mas um dia antes de ela ir embora para casa, agachou-se e
pegou uma florzinha.
Quando for visitar o cemitério, não roube florzinhas, ou melhor nenhum objeto,isso pode
acontecer com você...
fonte: http://lendasurbanasdearrepiar.webnode.com.br/a-flor-do-cemiterio/
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
CRENDICES E SUPERSTIÇÕES COM A MORTE
• Quando morre uma pessoa, deve-se
abrir todas as portas para a alma sair. Fecham-se porém os fundos da casa. A
alma deve sair pela frente. A casa não deve ser fechada antes de sete dias pois
o fel (as vísceras) do defunto só se arrebentará nesse prazo. Então a alma vai
para o seu lugar. A novena de defunto é para a alma ir para onde foi destinada.
• Não se deve chorar a morte de um
anjinho, pois as lágrimas molharão as suas asas e ele não alcançará o
céu.
céu.
• Quando numa procissão, o pálio
para defronte de alguma porta de uma casa, é presságio de morte de alguma pessoa
dessa casa, porque o pálio para sempre defronte às janelas.
• Homem velho que muda de casa,
morre logo.
• Quando a pessoa tem um tremor, é
porque a morte passou por perto dela. Deve-se bater na pessoa que está próxima e
dizer: sai morte, que estou bem forte.
• Acender os cigarros de três
pessoas com um fósforo só, provoca a morte da terceira pessoa.
Outra versão: morrerá a mais moça dos três fumantes.
Outra versão: morrerá a mais moça dos três fumantes.
• Derrubar tinta é prenúncio de
morte.
• Quando várias pessoas estão
conversando e param repentinamente, é que algum padre morreu.
• Perder pedra de anel é prenúncio
de morte de pessoa da família.
• Quando uma pessoa vai para a mesa
de operação, não deve levar nenhum objeto de ouro, pois se tal acontecer, morre
na certa.
• Não presta tirar fotografia,
sendo três pessoas, pois morre a que está no centro.
• Doente que troca de cama, morrerá
na certa.
Outra versão: não morrerá.
Outra versão: não morrerá.
• Não se deve deitar no chão limpo,
pois isso chama a morte para uma pessoa da família.
• Quando pessoas vão caçar ou
pescar, nunca devem ir em número de três, pois uma será picada por cobra e
morrerá na certa.
• Quem come o último bocado morre
solteiro.
• Se acontece de se ouvir barulho à
noite, em casa, é que a morte está se aproximando.
• Quando morre uma pessoa idosa,
morre logo um anjo seu parente (criança) para levar aquela para o
céu.
• Defunto que está com braços
duros, amolece-os se pedir que assim faça.
• Defunto que fica com o corpo mole
é indício de que um seu parente o segue na morte.
• Quando o defunto fica com os
olhos abertos é porque logo outro da família o seguirá.
• Não se deve beijar os pés de
defunto, pois logo se irá atrás dele, morrendo também.
• Na hora da morte, fazer o
agonizante segurar uma vela para alumiar o caminho que vai seguir.
• Em mortalha, a linha não deve ter
nó.
• Água benta ou alcânfora temperada
na pinga joga-se com um galho de alecrim, sobre o defunto.
• Quando uma pessoa jogar terra
sobre o defunto na cova, deve pedir ao mesmo que lhe arranje um bom lugar no
além. Se ele for para um bom lugar, arranjará; se para um mau quem pede está
azarado. Bom é pedir lugar para o cadáver de um anjinho, pois este sempre vai
para um bom lugar.
• Não se deve trazer terra do
cemitério quando se volta de um enterro, pois ela traz a morte para a
casa.
• A pessoa que apaga as velas após
a saída do enterro morrerá logo. É bom colocar perto do caixão do defunto um
copo d’água benta.
• Não presta ver muitos enterros,
pois com isso se chama a morte para si.
• Quando passa um enterro, não se
deve atravessar o acompanhamento, pois isso traz a morte para pessoas da
família. Bom é acompanhar o enterro.
• Não presta acender só três velas
para defunto; deve-se acender quatro.
(Araújo, Alceu Maynard.
Folclore nacional, São Paulo, Edições Melhoramentos. v. 1)
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