terça-feira, 13 de março de 2018

O Coelhinho que não era da Páscoa - Ruth Rocha




O livro O coelhinho que não era de Páscoa, de Ruth Rocha, conta a história de Vivinho, um coelho normal, que tem muitos irmãos. Quando ele crescer, não quer ser coelho de Páscoa. Vivinho quer outra profissão. Será que os pais vão aceitar sua decisão? Então, vamos ler esse livro para descobrir?










PLANO DE AULA
LIVRO:O coelhinho que não era da páscoa
  Linguagem e reescrita de uma narrativa
Autor:  Amanda Barros Teixeira - Coautor(es):  Andréa Vassallo Fagundes
 Estrutura Curricular
MODALIDADE / NÍVEL DE ENSINO
Ensino Fundamental Inicial
COMPONENTE CURRICULAR
Alfabetização
Língua Portuguesa
TEMA
Processos de leitura
Língua escrita:prática de produção de textos evolução da escrita alfabética
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula:

Desenvolver o gosto em ouvir histórias utilizando uma narrativa sobre a páscoa
Incentivar hábitos de escrita através da produção de um texto criativo apresentando outro final para a história
Fazer com que as crianças compreendam que é preciso respeitar as diferenças e o gosto de cada um a partir da moral apresentada no livro
Desenvolver a imaginação e a criatividade através de um desenho sobre o livro trabalhado

Duração das atividades: 2 aulas de aproximadamente 50 minutos

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
Estar alfabetizado e inserido no processo de letramento.

Estratégias e recursos da aula
1.      Momento    
Conversar com as crianças a respeito da páscoa. Fazer perguntas como:
O que vocês sabem sobre a páscoa?

Qual é o animal que aparece nessa época?

O que ele traz?

De onde vocês acham que vêm os ovos de chocolate?

Onde são produzidos?

Depois de uma conversa informal apresentar e ler o livro: “O coelhinho que não era da páscoa” de Ruth Rocha.
2.      Momento    
Fazer uma interpretação oral da história. Perguntar: Quem era Vivinho?
Ele era igual aos seus irmãos?
O que ele tinha de diferente?
Existe algum problema em ser diferente ou gostar de coisas diferentes?
Foi bom Vivinho ser diferente? Por quê?
3.      Momento    
Após a interpretação oral a professora distribuirá uma folha ofício ou o caderno aos alunos e pedirá que cada criança produza um texto e um desenho recontando a história, porém, criando um final diferente para a mesma.
Exemplo: De que outra maneira Vivinho poderia solucionar o problema dos ovos?
Ao término dessa atividade as crianças irão apresentar para os colegas o final criado para a história.
4.      Momento
A partir da apresentação dos alunos, a professora deve ressaltar as diferentes soluções apresentadas, afirmando que assim como aconteceu no livro, as pessoas são diferentes, cada um pensa de um jeito e precisamos respeitar essa diversidade. Fazer com que as crianças reflitam que é bom cada um ter um objetivo. Dar exemplos:
Imaginem se todas as pessoas fossem professores? Como seria quando alguém ficasse doente? Onde estariam os médicos?
E se todos fossem médicos? Quando um lugar pegasse fogo, onde estariam os bombeiros?
Esclarecer que muitas vezes não existe certo ou errado, mas é importante respeitar a opinião de cada um, seja em uma brincadeira, seja em uma escolha, seja em uma decisão.

Recursos Complementares
1.       Observar a participação dos alunos durante a atividade de compreensão oral.
2.       Analisar a compreensão da história diante das perguntas apresentadas.
3.       Analisar se o aluno soube se expressar por escrito com criatividade e imaginação.
4.       Analisar se apresentou coerência nas idéias ao produzir a continuação da história.
5.       Identificar o avanço em relação ao código escrito do aluno.
6.       Observar se a partir desse trabalho os alunos estarão respeitando as diferenças existentes entre si.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A beleza do humano, nada mais - Ferreira Gullar

Confesso que, espontaneamente, nunca me coloquei esta questão: para que serve a arte?
Desde menino, quando vi as primeiras estampas coloridas no colégio (que estavam muito longe de serem obras de arte), deixei-me encantar por elas a ponto de querer copiá- las ou fazer alguma coisa parecida. Não foi diferente minha reação quando li o primeiro conto, o primeiro poema e vi a primeira peça teatral. Não se tratava de nenhum Shakespeare, de nenhum Sófocles, mas fiquei encantado com aquilo. Posso deduzir daí que a arte me pareceu tacitamente necessária. Por que iria eu indagar para que serviria ela, se desde o primeiro momento me tocou, me deu prazer? 
Mas se, pelo contrário, ao ver um quadro ou ao ler um poema, eles me deixassem indiferente, seria natural que perguntasse para que serviam, por que razão os haviam feito. Então, se o que estou dizendo tem lógica, devo admitir que quem faz esse tipo de pergunta o faz por não ser tocado pela obra de arte. E, se é este o caso, cabe perguntar se a razão dessa incomunicabilidade se deve à pessoa ou à obra. Por exemplo, se você entra numa sala de exposições e o que vê são alguns fragmentos de carvão colocados no chão formando círculos ou um pedaço de papelão de dois metros de altura amarrotado tendo ao lado uma garrafa vazia, pode você manter-se indiferente àquilo e se perguntar o que levou alguém a fazê-lo. E talvez conclua que aquilo não é arte ou, se é arte, não tem razão de ser, ao menos para você. Na verdade, a arte em si não serve para nada. Claro, a arte dos vitrais servia para acentuar atmosfera mística das igrejas e os afrescos as decoravam como também aos palácios. Mas não residia nesta função a razão fundamental dessas obras e, sim, na sua capacidade de deslumbrar e comover as pessoas. Portanto, se me perguntam para que serve a arte, respondo: para tornar o mundo mais belo, mais comovente e mais humano. 
Onda Jovem. São Paulo, ano 1, n. 3, nov. 2005/fev. 2006.