sábado, 23 de maio de 2015

Criminal Minds x "Síndrome de Estocolmo"



Aprendi um pouco mais com um episodio da serie Criminal Minds. Em “The Company” o caso da prima desaparecida de Morgan, Cindy, é retomado. Não foi um episódio violento, que te deixa com aquele sentimento de culpa enorme por ter assistido Criminal Minds de noite. Mas a carga dramática e o envolvimento que o telespectador tem com a situação terrível da Cindy fazem com que, mais uma vez, o alto nível da série seja atingido. Neste episodio eu aprendi sobre a Síndrome de Estocolmo...Pois sempre que acabo de assistir um programa como este me vem aquela vontade louca de pesquisar, de saber um pouquinho mais e....


Crime que originou "Síndrome de Estocolmo"




Estocolmo, capital da Suécia: durante assalto, reféns e sequestradores estabeleceram laços afetivos


Copenhague - O "drama de Norrmalmstorg", um assalto a um banco com reféns no centro da capital sueca que deu origem à famosa "síndrome de Estocolmo".


Uma assaltante, um presidiário e quatro funcionários conviveram por seis dias dentro do banco, e os reféns criaram uma relação afetiva, de cumplicidade com seus sequestradores que acabou por batizar um termo psicológico que se tornou comum em todo o mundo.


Nesse assalto, que durou do dia 23 a 28 de agosto de 1973, as vítimas normalmente defendiam os sequestradores, mesmo após os seis dias de sequestro terem chegado ao fim e apresentaram comportamento reservado durante os processos judiciais do caso. O termo foi assinalado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que auxiliou a polícia no período do assalto.

A síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvida por uma vítima de sequestro.

As vítimas passam a identificar-se emocionalmente com os criminosos, inicialmente como modo de defesa, por medo de retaliação e/ou violência por parte deles. Um mínimo gesto de gentileza dos raptores normalmente é ampliado, pois, do ponto de vista das vítimas, é extremamente difícil, ou até impossível, obter uma visão clara da realidade nessas situações e obter uma mensuração do perigo real. Deste modo, as tentativas de libertação são tidas como uma ameaça, pois a vítima pode correr o risco de ser magoada. É importante salientar que os sintomas resultam de um estresse físico e mental (emocional) extremo. O complexo e comportamento duplo de afetividade e ódio concomitantes junto aos raptores é considerado como uma estratégia de sobrevivência por parte dos reféns.

Como estratégia de sobrevivência, a mente humana é capaz de desenvolver anomalias incríveis. Ser sequestrado e se apaixonar pelo sequestrador não é só história de filme. Na Síndrome de Estocolmo o raptado passa a admirar e até mesmo amar a pessoa que a sequestrou, tudo como parte de uma doença desenvolvida por um transtorno mental.

O comportamento de pacientes com essa síndrome sugere um instinto de sobrevivência inconsciente, em um gesto desesperado de preservação pessoal. O problema costuma surgir em situações psicologicamente traumáticas e os efeitos, geralmente, são preservados e as vítimas continuam a defender e a gostar de seus raptores mesmo depois de escapar do cativeiro. Hoje, sabe-se que os sintomas da síndrome de Estocolmo surgiam no relacionamento entre senhor e escravo e nos campos de concentração na Alemanha. Também é possível identificá-los nos casos de esposas agredidas por seus maridos, que mesmo em uma situação de perigo e sofrimento continuam amando e admirando o companheiro.


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