quinta-feira, 20 de abril de 2017
sexta-feira, 31 de março de 2017
A VIDA COMEÇA AOS 50!
Claro que a vida começa com a
concepção. Mas para quem chegou aos 50, a vida começa aos 50. Veja por quê.
A
preocupação com o futuro começa a perder força, quando você chegou nele, aí
descobre que não faz tanto sentido manter esse sentimento. O futuro tal como o
avanço da idade são inexoráveis, o melhor é concentrar-se nas cercanias de seu
presente.
Com
certa idade, nossos olhares percebem belezas nas pequenas coisas. Numa bola que
cruza a rua, atrás dela corre um menino sem camisa, com aquela expressão
genuína de felicidade, como se a coisa mais importante da sua vida estivesse
ali em sua frente. Também entendemos que a vida é carregada de contradições, a
miséria humana está em todos os lugares, o cinismo, as falsas aparências, tudo
já faz parte de nosso arquivo. Temos a leveza para fazer releituras das mesmas
cenas, já nos livramos de alguns preconceitos, estamos mais tolerantes. Por
isso, a verdadeira vida começa aos 50, a carga é mais leve, as cobranças são
menores. Sabemos que é preciso dar um passo de cada vez.
Se
tivemos uma paixão, agora amamos, e o amor é sereno, não tem a volúpia das
paixões que atormentam o espírito. Mas isso não quer dizer que estamos imunes.
Ainda bem. Somos projetos em construção, eternamente inacabados, portanto,
volúveis, abertos a releituras do mundo. Dado ao número de outonos, temos o
privilégio de poder mirar os cenários em perspectiva. Cada circunstância em que
nos vemos envolvidos sempre apresenta algum aspecto que parece que já tivemos
vivido. Isso nos dá aquela sabedoria em seguir adiante, não que tenhamos as
respostas, mesmo porque as perguntas são sempre outras, mas a serenidade em
saber que tudo depende da forma como reagimos aos conflitos do cotidiano.
Artigo
não protegido por direitos autorais. Pode citá-lo em parte ou no todo, basta
indicar o autor e o e-mail: Charles Ferreira dos Santos: charlesfs@hotmail.com.
sábado, 18 de março de 2017
Música "Bom Conselho" - Chico Buarque
ANÁLISE
A letra dessa canção foi escrita em 1972, especialmente para o filme de Cacá Diegues, “Quando o carnaval chegar”. Na letra desta musica Chico Buarque, utiliza provérbios que trazem o assinalamento da ponderação, tolerância, omissão, abdicação e persistência. De maneira inteligente e poética, ele desconstrói estes provérbios , de modo a anarquizar tais ideias e a instigar o leitor a enredar-se no processo político de combate à ditadura a correr todos os riscos necessários para alcançar o objetivo. Os provérbios são ditos populares, utilizados praticamente para todas situações da vida e são passados de geração para geração. São utilizados nos dias atuais e a maioria é de criação anônima, faz parte da cultura popular.
Ouça um
bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu
amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
sábado, 4 de março de 2017
DEPOIS DO DEBATE...
DEBATE - REGRAS E NORMAS DE CONVIVÊNCIA
Veja que linda a produção autoral desta turminha!
Grandes foram os desafios desta aula construtiva e prazerosa,mas o resultado me emocionou. |
A Equipe Pedagógica da EMEF Professora Marili Dias sugeriu a mobilização
de um debate sobre as normas e regras de convivência a fim de aprimorar a construção
do seu Regimento Escolar. A construção das regras de convivência,
direitos e deveres dos alunos, professores e comunidade, desenvolve uma
proposta educativa de promoção de uma convivência escolar harmoniosa e o
aperfeiçoamento da qualidade da educação. Para isso, durante dois dias no
início do ano letivo, além da leitura do “Regimento Escolar”, texto base do referencial em princípios
democráticos, adotados pela Secretaria de Educação do Município de São Paulo, realizou-se
uma reflexão e debate sobre este documento, buscando sugestões dos educandos
para alterações ou não nas regras pré-estabelecidas.
Iniciei minha aula com a leitura crítica
deste documento e promovi uma roda de conversa
sobre conceitos como: autonomia, responsabilidade e cooperação. Foi um momento de
repensar as regras propostas, e se essas regras estariam ineficazes ,ou não.
Esclareci aos educandos que autonomia se
refere à capacidade de fazer escolhas e de posicionar-se, participar, ter
discernimento, estabelecer critérios e eleger princípios éticos, levando em
conta o bem comum. Destaquei durante
nossa conversa a importância de ter noção de responsabilidade pelos próprios atos,
assumindo qualquer consequência inerente a suas escolhas, assim, pensar muito
para optar por determinadas atitudes, diante de qualquer situação. Outrossim,
foi esclarecido o quanto a cooperação, o convívio positivo em grupo pode
contribuir na realização de uma determinada ação. Expliquei que cooperar,
envolve aprender a ouvir o outro e ajudá-lo a pedir ajuda, a dialogar, a
aceitar críticas, a explicar um ponto de vista, a coordenar ações para obter
êxito numa tarefa coletiva.
Após este debate, não
houve sugestões para alterações nas regras. Porém, aproveitando o clima da
reflexão e debate sobre a escola, pedi aos alunos que em grupo construíssem um
Acróstico poético sobre “A escola que temos” e um outro sobre “A escola que
queremos”.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
RETRATO - CECÍLIA MEIRELES
Eu não tinha este
rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão
vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas
mãos sem força,
Tão paradas e frias e
mortas;
Eu não tinha este
coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta
mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil: _ Em que
espelho ficou perdida a minha face?
sábado, 18 de fevereiro de 2017
Lunário Perpétuo
Tantas coisas aprendo,todas as vezes que me proponho a fazer pequenas e singelas pesquisas sobre Cultura Nordestina.
Na minha visão a cultura representa um conjunto
de saberes e tradições, produzidos pela interação social entre as pessoas de
uma determinada comunidade ou sociedade.
Penso que são as necessidades desse
determinado grupo que vão moldando e criando padrões e comportamentos que
determinam a estrutura e organização social das diferentes sociedade. Tenho
profunda admiração pela cultura popular nordestina, seus conhecimentos, experiências, atitudes,
valores, crenças, religião, hierarquia, relações espaciais,conceitos de vida e mundo, que são repassados às gerações seguintes com muita beleza e
delicadeza. Nas artes populares nordestinas, seja na
pintura, escultura, música, dança, literatura percebemos em suas criações, a
conquista de cada indivíduo, neste caso, artista popular, de espaços que
permitem aflorar novas formas de ser, construindo relações que permitem a
incorporação e expansão de seus dons e sentimentos desenvolvidos sincronicamente.
A sensibilização e a emoção aflorados por meio do contato com suas criações
artísticas, permitem que exploremos em nós mesmos, uma série de
potencialidades. Antônio Nóbrega é um artista completo, que pode representar
com grandeza esta cultura. Ao ver suas apresentações artísticas, consigo
visualizar em cena um personagem que reúne tanto as novas descobertas quanto as
velhas experiências, além de identificar os milhares de artistas populares do Nordeste brasileiro, reconhecidos e valorizados em cada toque, dança, palavra,
gesto.
Para terminar , tenho que agradecer minha amiga Professora Daniela Monteiro, que há mais de uma década apresentou-me um álbum com as músicas de Antonio Nóbrega, o que me motivou a conhecer muito "além do já visto e ouvido".
Aqui um vídeo com um pedacinho do grandioso espetáculo "Lunário Perpétuo"
CURIOSIDADES :Lunário Perpétuo é o nome pelo qual ficou mais conhecido um almanaque ilustrado com xilogravuras composto por Jerónimo Cortés e publicado em Valência em 1594, e reeditado inúmeras vezes ao
longo de séculos, com variações em seu título e conteúdo.
Assinar:
Postagens (Atom)