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quinta-feira, 15 de junho de 2017

LEITURAÇO 2017 - Na minha opinião...Susete Mendes

Rafaela (aluna 7º ano C)
Pra começar...
Eu não gosto de contos de fadas, mas já gostei um dia. Até sete anos eu sonhava em ser princesa, acho que na sociedade em que vivemos, podemos achar isto até “natural” o sonho das meninas é tornarem-se princesas. Aprendi ler com 6 anos e ganhei uma coleção com as histórias de princesas (Cinderela, Branca de Neve, A Bela Adormecida, etc), e quando chegava da escola, corria para o quarto ler e reler as histórias e sonhar com uma vida de princesa.
Porém na medida que fui crescendo percebi que não existem “princesas” e muito menos príncipes valentes montados em cavalos brancos; tive que estudar, trabalhar e lutar pelas coisas que sonhei e sonho para mim. Embora não tenha sido uma adolescente “feia”, não era linda o suficiente para ser uma “princesa”, pois princesas tem voz delicada, cabelos e corpo, perfeitos... Mas, o que é perfeição?
Que tipo de pessoas “devemos” ser?
Esta é a questão que me inquietou e acredito que deva inquietá-los também, pois, vivemos numa sociedade que durante séculos teve como “missão” moldar as pessoas dentro dos estereótipos de gênero (feminino, masculino), belo e perfeito e as pessoas acabaram sendo privadas do direito de serem felizes pelo que são.
Resolvi escrever sobre isso, porque, hoje na escola em que trabalho, tivemos um momento de grande magnitude; aconteceu o LEITURAÇO, um movimento que vem acontecendo dentro das escolas da prefeitura de São Paulo, o qual valoriza o livro e a leitura como importantes estratégias para novas formas de participação e engajamento na transformação da sociedade globalizante.
Desse modo, hoje, nossos alunos apresentaram suas leituras preferidas e escolhidas, descobriram por meio delas heróis e heroínas da vida real. O LEITURAÇO com a temática “Direitos Humanos”, mobilizou, construiu conceitos e desconstruiu pré conceitos.






A aluna Rafaela do 7º ano C, apresentou o livro sobre Frida Kahlo, texto de  Nádia Fink.
Caracterizada como Frida, ela falou sucintamente sobre a vida da pintora,   sua família, o gosto de Frida por homens e mulheres , sobre a saúde da pintora e um  pouco da cultura mexicana.
 Os alunos encantados ouviram a história de uma mulher que apesar de todos os seus sofrimentos físicos, procurou na arte a felicidade e lutou por um mundo melhor para ela e para outras pessoas.
Thaynara e Geovanna (alunas 5º ano C)


Outros livros foram lidos e apresentados, como o da minha turma 5º ano C sobre uma menina refugiada , chamado “Um outro país para AZZI",  texto  e ilustração  de Sarah Garland,que aborda o direito das crianças. Um livro que emocionou meus  alunos ao conhecerem a história de uma criança e sua família que deixam para trás sua      casa,  trabalho, cultura e enfrentam o recomeço em outro país desconhecido, tendo que      fazer novos amigos e ainda aprender outro idioma, etc.


O LEITURAÇO corrobora e  mobiliza novos paradigmas sobre cultura, por meio das literaturas, sensibiliza a produção de novos sentidos de cultura, rompendo um pensamento permeado de pre conceitos, abrindo caminhos para a reflexão crítica dos problemas sociais e resgata a função social da literatura, assim como o hábito de ler dentro da escola e fora dela.

Neste sentido, enalteço o evento acontecido dentro da EMEF Professora Marili Dias, mediado pela POSL Mariza, pois as estratégias das expressões artísticas dos nossos alunos, surpreendeu a todos expressando o desejo de romper com  a provocação das literaturas hegemônicas que fortalecem uma sociedade estereotipada com imagens negativas da mulher, do negro, do pobre, estereótipos provenientes dos quadros econômicos e culturais globalizados. Parabéns, a todos!!!!
Professora Susete Mendes

sexta-feira, 31 de março de 2017

A VIDA COMEÇA AOS 50!

Claro que a vida começa com a concepção. Mas para quem chegou aos 50, a vida começa aos 50. Veja por quê.
A preocupação com o futuro começa a perder força, quando você chegou nele, aí descobre que não faz tanto sentido manter esse sentimento. O futuro tal como o avanço da idade são inexoráveis, o melhor é concentrar-se nas cercanias de seu presente.
Com certa idade, nossos olhares percebem belezas nas pequenas coisas. Numa bola que cruza a rua, atrás dela corre um menino sem camisa, com aquela expressão genuína de felicidade, como se a coisa mais importante da sua vida estivesse ali em sua frente. Também entendemos que a vida é carregada de contradições, a miséria humana está em todos os lugares, o cinismo, as falsas aparências, tudo já faz parte de nosso arquivo. Temos a leveza para fazer releituras das mesmas cenas, já nos livramos de alguns preconceitos, estamos mais tolerantes. Por isso, a verdadeira vida começa aos 50, a carga é mais leve, as cobranças são menores. Sabemos que é preciso dar um passo de cada vez.
Se tivemos uma paixão, agora amamos, e o amor é sereno, não tem a volúpia das paixões que atormentam o espírito. Mas isso não quer dizer que estamos imunes. Ainda bem. Somos projetos em construção, eternamente inacabados, portanto, volúveis, abertos a releituras do mundo. Dado ao número de outonos, temos o privilégio de poder mirar os cenários em perspectiva. Cada circunstância em que nos vemos envolvidos sempre apresenta algum aspecto que parece que já tivemos vivido. Isso nos dá aquela sabedoria em seguir adiante, não que tenhamos as respostas, mesmo porque as perguntas são sempre outras, mas a serenidade em saber que tudo depende da forma como reagimos aos conflitos do cotidiano.


Artigo não protegido por direitos autorais. Pode citá-lo em parte ou no todo, basta indicar o autor e o e-mail: Charles Ferreira dos Santos:  charlesfs@hotmail.com.

sábado, 12 de dezembro de 2015

O QUE ESTÁ ´ROLANDO NAS REDES SOCIAIS - Suse Mendes



Lendo um texto intitulado "Sempre odiei o que a maioria das pessoas fazem com os seus MSN's", segundo fontes não muito confiáveis , foi escrito Arnaldo Jabor, achei legal dar uma "repaginada", já que na velocidade da Luz as redes sociais mudaram muito, do ORKUT para Facebook, do MSN para Wathssap.
O texto começa  assim:

A brincadeira é que normalmente o perfil diz muito sobre o estado de espírito  da pessoa.
Portanto, toda vez que você encontrar uma postagem no Facebook do tipo, logo abaixo, pare para analisar e você já saberá tudo sobre a pessoa...
Por exemplo:
  • Selfie no banheiro do shopping , todas olhando no espelho'A-M-I-G-A-S o fim de semana foi perfeito!!!' . Essa com certeza, assim como as amigas piriguetes (perigosas), terminou o namoro e está encalhadona.
  • Uma semana antes postou 'O fim de semana promete', com uma micro saia, barriga de fora e um sapato de salto 18 centímetros. Quer mostrar pro ex  que tem vida própria, mas a única coisa que fez no fim de semana foi ficar no WhatsApp com as amigas e uma saidinha rápida no shopping, olhando as vitrines.
  • O pior é que o ex dela é também amigo seu, e no perfil dele , ele postou uma foto só de bermuda, sem camisa, com óculos escuros e Boné, com a famosa pose “ estou armado” escrito:'Hoje tem mais balada!...fuiiii', tentando impressionar seus amigos e amigas e as novas presas de sua mira, de que sua vida está mais do que movimentada, além de tentar fazer raiva na ex.
  • 'Bruninha em NY' . Essa com certeza quer que todos saibam que ela está em uma viagem bacana. Tanto que coloca uma foto no Central Park na Capa do Facebook com a legenda 'Eu em Nova York'. Por que ninguém bota no  Facebook foto de uma viagem feita a Praia-Grande , né ?
  • Perfil com selfie do casal, grudadinho : ' #Joelson# amor eterno' .Na próxima semana, já era.....Mostrou demais as quallidades do tal Joelson ,a amiga piriguete "fura zóio", roubou o gostozão.
  • 'Marizinha no banho' Marizinha com as amigas, Marizinha no churrasco, Marizinha na piscina, Marizinha cortando cabelo, Marizinha pintando a unha, Marizinha no shopping, Marizinha no cinema, Marizinha tomando cerveja..... Essa não consegue mais desgrudar do facebook e do WhatsApp. Até quando vai beber água coloca no status 'Marizinha bebendo água'. Acabou de ganhar do pai um  IPHONE 6 ...e posta a selfie no espelho mostrando sua mais nova aquisição.
  • Ao lado da foto fazendo careta ... no lugar do nome, ela escreve Claud*xx!@!a > > > ' < . ººº< . ººº< / @ || e $ $ ! || |-| @ >ªªª . >ªªª >' . Ela acha que fica mais top seu nome com Código da Vinci pronto a ser decodificado. Ela é descolada....conhece tudo da linguagem “#XXX@!¨%%”: ela posta: vc eh mtu déixxx, q gosta di vc mtuXXX, ti mandá um bjuXX'.
  • Tem aquela que posta no Status : 'A gente não se assume não, mas também não se larga não....'  Sempre usa um provérbio, trecho de música, com selfies sedutoras. Adora usar trechos de funk ou pagode com duplo sentido.
  • Dany#GoStOsA, adora se comparar a celebridades gostosas, botar selfies com os peitos saindo da blusa, em poses sensuais, mostrando o bundão. Quer ser famosa. Mas não chegará nem a figurante na rede Record.

Reescrita do texto-( Sempre odiei o que a maioria das pessoas fazem com os seus MSN's.) Arnaldo Jabor

sábado, 19 de setembro de 2015

Reflexão para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana.


A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Os educadores devem ressaltar em suas aulas a influência da cultura afro-brasileira na formação da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos. Contudo, a inserção do estudo da cultura afro nas escolas públicas e privadas, precisa ir além do verniz “democracia racial”. Os projetos realizados nas escola têm sido em sua maioria apoiados numa África imaginária de discursos da vitimização da história escravocrata no Brasil colônia, outros intermediários que apontam um estudo supérfluo da culinária, das vestimentas, danças e religiosidade, porém a percepção da África envolta nas questões de “discriminação racial”, embora presente nos objetivos educacionais, não possuem ações pontuais em seus planos de ensino . Percebemos que nestes é ignorado o principal, pelo menos no meu olhar de educadora, que é o preconceito e discriminação racial latente que permeia o cotidiano das relações sociais dentro dos espaços educativos, situações de conflito, que podem ser uma oportunidade a mais para o processo ensino aprendizagem, acabam não sendo aproveitadas pelos educadores para ampliar seus horizontes, bem como de seus alunos na direção de uma postura tolerante, plural e multicultural.
Os projetos tem a intenção de cumprir a lei , mas, infelizmente continuam afônicos quanto aos estudos das africanidades, pois, apenas remoem o passado , e mostram o continente Africano como um lugar sagrado do passado , contribuindo pouco ou nada para a internalização do conhecimento e reconhecimento da influência da cultura afro  na sociedade brasileira.
Susete Mendes

domingo, 3 de maio de 2015

"MATERIALISMO MORAL" Susete Mendes


Existem pessoas doentes pelo dinheiro, fama e pela aparência, ou seja, adeptas do "materialismo moral" - a ideia de que a meta suprema da vida humana é juntar joias, terras, dinheiro. Pessoas que vendem a alma pelo brilho da prata e do ouro. Que suplicam e ficam satisfeitas com elogios de hipócritas e interesseiros. 
Estas pessoas só falam de viagem, roupa, carro, joias, perfumes, plástica, corpo perfeito. Para elas, pessoas bem sucedidas são aquelas que possuem bens materiais, muita vaidade e poder de compra.  Não há problema algum ser “ambicioso”, ter um excelente emprego e salário, mas como diz Loren Cunningham "O dinheiro é como o camaleão", "assume a cor do coração de quem o possui" e a "riqueza é como água salgada, como disse Schopenhauer: quanto mais se bebe, mais sede se tem".  Assim sendo, é preciso ter claro que dinheiro nunca comprou amor e sem amor, consequentemente não haverá respeito, companheirismo, cooperação, solidariedade, não haverá felicidade.

Você sabe de algum caso em que o dinheiro fez com que alguém amasse outro alguém ou algo verdadeiramente? A resposta é não, nunca houve e não há na humanidade um exemplo que seja de que o dinheiro tenha comprado amor de verdade. O dinheiro já comprou até a honra de certas pessoas. Já comprou traições, sexo, joias,  mas nunca comprou amor de verdade. Talvez esta constatação fácil represente a última e mais forte resistência do ser humano ao materialismo completo.

Pessoas inteligentes estabelecem com seus  familiares, amigos e conhecidos um laço de relacionamento que traz o  respeito e a admiração pelo outro, um vínculo sentimental além do poder aquisitivo de cada um. Nenhum relacionamento será  perfeito nem grandioso sem amor .Como fazer esta mágica?  Manter, garantir  a clara e contínua comunicação transparente entre as pessoas tendo como caminho , o amor por si próprio ,pela família e por tudo e todos que nos cercam.




domingo, 26 de abril de 2015

Uma análise do Canal Investigation Discovery, um canal focado em suspense, crime e investigação,


Acabei de assistir no Canal Investigation Discovery, um canal focado em suspense, crime e investigação, uma série sobre “ Crimes que ficaram na História” , o episódio de hoje foi especificamente sobre o assassinato de Kitty Genovese,uma mulher estadunidense que foi esfaqueada até a morte próximo de sua casa em Kew Gardens, no Queens, Nova York, onde vivia com a sua companheira. As circunstâncias de sua morte e a aparente reação (ou falta de reação) dos vizinhos dela foram relatadas num artigo de jornal publicado duas semanas depois e instigaram investigações do fenômeno psicológico que se tornou conhecido como "efeito espectador", "responsabilidade difusa" ou "síndrome Genovese",  e por meio desta série conheci esta síndrome.

No meu circulo de amigos, ouço muitas criticas sobre as series exibidas neste canal da TV e por ser uma telespectadora dele as criticas sobrecaem sobre minhas preferências  de programas televisivos... e óbvio que são criticas duras e muitas vezes “destruidoras”..rsrsrs, porque a ideia é que  assistamos programas que  falem de amor, solidariedade, cooperação, enfim sentimentos positivos.

Sou graduada e Licenciada em Ciências Sociais, formada para analisar, hábitos e costumes de diversos grupos sociais, sendo assim, meu perfil  de observadora, curiosa  e  gosto pela investigação cientifica, colabora para que dentre os vários problemas que afligem a sociedade contemporânea, a temática sobre violência, reforcem meu interesse por este tipo de programa . Além disso, sou moradora de uma megalópole, São Paulo, onde  a “cultura de violência”  atiçam ainda mais a curiosidade e o interesse para entender as múltiplas e crescentes manifestações violentas  com uma população cada vez mais jovem envolvida num marasmo de horror , medo e insegurança, onde todos ou a maioria assistem ao ato de violência, mas ninguém assiste a vitima .

 Voltando a “síndrome de genovese” ,  resolvi entender melhor este fenômeno social psicológico no qual indivíduos mostram-se “passivos”, “inertes”, quanto a ajuda para outras pessoas em situações de perigo ou violência quando percebem que há outros presentes no mesmo local, em outras palavras "não tenho nada com isso".

E pensando sobre isso, veio-me as questões:

Será, então, que a presença de tantas pessoas pode inibir ou impedir nossa capacidade de ajudar? Quanto mais espectadores  e envolvidos, maior a chance de não haver nenhuma intervenção para interromper atrocidades?

A busca de respostas a reflexão sobre a existência de uma crítica social incisiva quanto a ausência de solidariedade, se fez fundamental, uma vez que, a falta de solidariedade  mostra a hipocrisia humana em ver a atitude de violência e/ou destruição do outro, mas não perceber que semelhante espetáculo pode ter como protagonista a si próprio ou alguém de sua família.

Novos questionamentos surgiram e a reflexão ampliou-se acerca da nossa atitude perante  as diversas situações onde abrimos mão de nosso papel de cidadão, de co-responsável no poder de mudança e decisão para melhorar a qualidade de vida em nosso planeta, a partir de uma simples atitude , como por exemplo, não jogar papel no chão, não desperdiçar água, alimentos.
Na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como comportar-me perante o outro. O que fazer? etc   Então, para o ser humano viver é conviver e é  justamente na convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre e se realiza enquanto um ser moral e ético, logo serão as situações cotidianas que nos colocam problemas morais,que impulsionam nossas decisões, escolhas, ações, comportamentos e valores. Mas , quais são estas escolhas,decisões, ações?

A princípio devo dizer que infelizmente  abrimos mão deste tipo de postura ética, porque achamos e esperamos sempre que a mudança comece nos outros e os outros também pensam a mesma coisa e o mundo está como está.  


Só pra encerrar, queria dizer aos meus amigos que criticam o canal das séries ID, dizendo que  este tipo de programação suscita sentimentos ruins ; que pelo contrário, ao menos na minha reles visão, estes programas podem contribuir para uma reflexão em favor da humanização de sentimentos, como, solidariedade ,ética, cooperação e respeito, pouco valorizados na sociedade contemporânea. Afinal, foi refletindo sobre o que eu assisti hoje  que pude aprender e pensar um pouco melhor sobre tudo isso.

autora : Susete A Rodrigues Mendes